quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Uma opinião sobre a Saga Crepúsculo

Certa feita, eu estava na comunidade Harry Potter Brasil debatendo sobre a importância da leitura dos cânones quando comentaram algo sobre Crepúsculo. Bem... Eu já tou cansado de todo esse preconceito idiota. Eu não sou fã de Crepúsculo, mas não é por isso que eu vou agir com injustiça. Essa geração de hoje tem uma tamanha preocupação em parecer culta que ataca sem argumentos tudo que é considerado pop e ruim. Vejam o que fazem com Justin Bieber. Tipo... Eu não tenho vergonha nenhuma de dizer que acho ele bom e talentoso. Foda-se quem vier me criticar por isso.

Eu gosto de Crepúsculo. É um livro pra garotas? é. É meloso? é. É melhor que Harry Potter? não. Eu tenho? tenho. É um livro que leria mais de uma vez? não sei; nunca se sabe.

Por que eu gosto? justamente pelas razões que todos criticam. O lobisomem que eu mais gostei na história do cinema foi Lupin em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Justamente porque ele quebrou toda a imagem que se tinha até então de um lobisomem. Eu adoro os vampiros de Crepúsculo. Se eu pudesse ser um vampiro, eu quereria ser como os de Crepúsculo. O problema do romance, ao meu ver, é só o extremo sentimentalismo. Mas a proposta é boa. É genial eles brilharem ou eles nunca dormirem ou eles não virarem morcegos. Quem disse que os vampiros de Anne Rice têm de ser os verdadeiros?

Eu não tenho nenhuma vergonha de dizer isso. Há os idiotas que dizem que vampiro de verdade é Drácula, Lestat e até Blade. Eu sou louco por Harry Potter, mas, seguindo essa lógica, teria de dizer então que Minerva não é uma bruxa de verdade; Elvira, a Rainha das Trevas é que é, certo?

Como já disse, eu não sou fã, FÃ, de Crepúsculo. Li, gostei, achei interessante. Mas eu sou justo. Temos de ser justos. Todos falam mal, mas ninguém apresenta realmente um argumento convincente. Por que os vampiros de Crepúsculos são viados? Só porque Edward representa o tipo de homem que não existe mais hoje em dia? Eu sou como o Edward. Não acho que eu seja viado por isso. Claro, admito, que eu mesmo penso que algumas coisas que ele faz e diz são surreais. Mas criticar ele puramente por ser romântico é machismo. Não seria Lestat mais viado por ficar se atracando com outro vampiro?

domingo, 14 de novembro de 2010

Um pouco da apolítica

Desde alguns três ou quatro anos atrás, quando descobri o termo ao preencher meu perfil do Orkut, eu me considero apolítico. Basicamente porque não entendo nada de política, mas também não me preocupo em entender. Rendi-me ao comodismo. E esse, inclusive, é outro grande defeito meu.

Por causa disso, opto, quase sempre, pela alternativa mais fácil e prática (apesar de não ser a mais certa): votar em branco. Sei que muitos dirão que eu deveria tomar vergonha na cara e procurar me informar. Dirão também que é por causa de pessoas como eu que gente como Tiririca e Roberto Jefferson é eleita. Mas, como disse, eu sou acomodado demais para isso.

Por outro lado, é justamente esse ponto que me difere dessa gente. Não é melhor eu anular meu voto do que colocar Collor no poder? Ainda que nem eu possa me considerar inteligente por isso, acho que não posso ser acusado de insensatez. Penso que faço bem melhor do que sair pela rua, minutos antes da votação, colhendo aleatoriamente santinhos de candidatos como muita gente faz.
Mas, Bruno, você não sabia que o voto em branco vai para quem está ganhando?
Ai, ai... Muita gente pensa assim. E é justamente nesse ponto que eu queria chegar.
Há muito, criou-se a cultura de que o voto em branco é creditado ao candidato que está liderando a eleição. Daí, o voto nulo, que não é propriamente um voto, entrou em cena. Só que depois, instaurou-se também outra cultura: a de que os votos nulos também vão para quem está ganhando.

Bem, gente... A verdade é que nenhum vai pra ninguém. Eles são a mesmíssima coisa.
A urna eletrônica é programada para contabilizar SOMENTE os votos válidos, e os nulos e também os brancos contam como inválidos. Eles são registrados para fins estatísticos, mas não são computados para nenhum candidato ou partido.

Mas calma. Eles hoje são a mesma coisa, mas a razão de acharem que não são tem embasamento. Antes, no tempo em que as votações não eram através da urna eletrônica, eles eram realmente diferentes:
“O voto em branco representava uma indiferença do eleitor, algo como um ‘tanto faz’, e era cedido aos candidatos que obtivessem maioria. Hoje não é mais assim. O voto nulo, por sua vez, partia de um erro do eleitor na hora de votar ou representava um voto de protesto, através do qual o cidadão queria se dizer inconformado com as opções existentes ou com a própria política nacional.” (JC Online)
Também anda circulando pela internet um e-mail dizendo que, se mais de 50% dos votos forem nulos, a eleição será cancelada, nenhum dos candidatos poderá concorrer a um cargo político por quatro anos, e deverá se fazer uma nova eleição com outras pessoas. Tudo balela!
Segundo o TSE, isso só ocorre se for constatado algum tipo de fraude no sufrágio; se os votos válidos forem anulados pelo próprio TSE, que é a maior autoridade eleitoral do país.
Mas, Bruno, quem garante que isso tudo é verdade?
Bem... Nunca se sabe, né? É da crença de muita gente que os gatos dominarão o planeta em breve. Então, quem garante que isso não é só mais uma estratégia deles a fim de nos envolver, como fantoches, na maior realização conspiratória de todos os tempos?

sábado, 14 de agosto de 2010

Autor Desconhecido

Se existir guerra que seja de travesseiro;
Se existir fome que seja de amor;
Se for pra esquentar, que seja o sol;
Se for enganar, que seja a fome;
Se for pra chorar que seja de alegria;
Se for pra mentir, que seja à idade;
Se for pra roubar, que se roube um beijo;
Se for pra perder, que se perca o medo;
Se for pra cair que seja na gandaia;
Se for pra ser feliz, que seja o tempo todo.

PS.: Na minha opinião não tem como ser feliz o tempo todo, sempre haverá momentos de tristezas em nossas vidas, porém estes servem como aprendizados e experiências para nossas vidas.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Redação interessante

Por Dani Moreira
Li esse texto a algum tempo atrás e gostei demais. Simplesmente sensacional. Trata-se de uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco – Recife). Vale a pena conferir!

“Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.

O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.

É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos.

Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva”.

sábado, 31 de julho de 2010

Divulguem

Oficina de Letramento : Contando Histórias para Surdos
Local: Biblioteca Anísio Teixeira
17 e 27 de agosto
10 e 24 de setembro
28 de setembro - apresentações
Das 14h às 17h
telefone: 3117-6339
Novamente peço a ajuda de todos para divulgarem. É muito importante que as pessoas surdas tenham o seu espaço na sociedade, e que os seus direitos sejam prevalecidos.
obrigada!!!

Divulguem

Na biblioteca Anísio Teixeira há várias atividades desenvolvidas como: palestras, cine-video, exposições bibliográfica, documentais e fotográficas de Anísio Teixeira, levantamentos bibliográficos, peças teatrais, exibição de filmes brasileiros com legendas, possibilitando o acesso de pessoas surdas, entre outros, mas o que me levou a visitar o acervo desta biblioteca foi pelo fato de ser a única biblioteca pública do Brasil voltada, principalmente, para pessoas surdas. Pude desfrutar de vários livros, inclusive, tive acesso com um usuário surdo e adolescente.
Lá há curso de libras (Língua Brasileira de Sinais), que é uma matéria obrigatoria para o curso de Letras, e o mais importante, além do conhecimento, esse curso e oferecido gratuitamentre e os alunos ganharão certificado, eu pude me inscrever no curso, mas infelizmente foi uma das ultimas vagas, se alguém se interessar pode ir na biblioteca e se inscrever se não conseguirem vagas para esta turma seu nome será direcionado para a próxima turma.
Biblioteca Anísio Teixeira
Av. 7 de setembro,74, Ed. Portal de São Bento
Ladeira de São Bento
Funcionamento
segunda a sexta, das 8h às 17h
telefone: 31176339
Obrigada pela atenção e por favor divulgarem, a biblioteca infelizmante não tem um espaço tão amplo mas o seu mundo de livros tem uma gigantesca importancia!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O BBB do amor

O amor é brega, eu sei. Ele é tão brega que, por causa dele, lançamos algumas expressões, como: chuchu, rainha, dogão, patroa, etc... No amor, todo apelido é bem-vindo e só no amor, faz-se amor e não se fode.

Eu tenho uma amiga que enquanto apaixonada só fazia amor. E dizia: "Hoje a gente fez amor 8 vezes". É né? Já dizia Adélia: "... é descuidar o amor te pega / te come te molha todo/ mas água o amor não é"

O amor não é só brega, ele é burro. É burro e cego. Mas não é uma burrice, no sentido de ignorância. É uma burrice, de faltar discernimento. E só depois que acaba, a gente pensa: "Nossa! Como eu gostei dessa criatura por tanto tempo?".

Uma outra amiga namorou, por anos, um cara, com quem pretendia viajar ilegalmente para os Estados Unidos, trabalhar como faxineira e receber farinha e outros produtos (brasileiros) pelos Correios. Mas ainda bem que passou e os sonhos dela agora são outros.

Posso dizer também que o amor é bobo. E ele tenta de toda forma agradar. Tenta se inteirar do gosto alheio e até finge que achou graça da piada mais sem-graça só pra chamar a atenção.

Por fim, eu também já me apaixonei. E enquanto estava apaixonado, fingia gostos, que na época não pareciam fingidos. Assisti a filmes que em outrora não assistiria. Já tomei ônibus com percursos totalmente diferentes do meu, somente pelo êxtase da companhia.

Hoje paro, penso se aquilo tudo era brega, burro ou bobo e sinceramente não sei. Rio muito lembrando de toda a situação e já rio de experiências que certamente virão.

O aborto não é apenas um assassinato, é um roubo.

Por Dani Moreira

O aborto é sem dúvida alguma, um dos temas mais polêmicos dos últimos tempos. Mas, o que é o aborto? Entendo o aborto como sendo a expulsão do feto ou embrião, resultando na sua morte. Isso pode ser espontâneo (quando acontece por causas naturais ou acidentais) e induzido, (quando há ação humana). Falar de aborto envolve várias questões, tais como, a decisão ser feminina ou ser uma questão de saúde pública. É polêmico porque envolve costumes, culturas e porque não dizermos sentimentos. E mais que tudo isso, mexe com a vida. E o que é vida? Onde ela começa?

Definir vida e onde ela começa é algo complexo, porque o seu conceito tende a variar de acordo com convicções religiosas, jurídicas, morais, científicas etc. A biologia tem um papel muito importante nessa definição, e os cientistas dividem suas opiniões. Contudo, a mais aceita, diz que a vida se inicia a partir da fecundação. Segundo a ciência, o que define o ser humano é o ADN, que é formado no momento da fecundação. Sendo assim, acredito que é a partir da fecundação, o encontro do espermatozóide com o óvulo, que se inicia uma vida. Há quem diga o contrário, mas eu acredito nisso. Portanto, não podemos impedir que alguém viva. Todos têm direito à vida, e este prevalece sobre qualquer outro. 

Então, por que interromper uma gravidez? Por que jogar fora vidas sem necessidade e também se prejudicar? . De fato, o aborto não é uma coisa boa para ninguém. Além disso, mexe, inclusive, com o psicológico, a saúde mental das mulheres que fazem práticas abortivas.

Não concordo que a decisão de abortar seja somente feminina. O corpo é da mulher, porém, não o filho, pois ela não o fez sozinha. Portanto, cabe aos homens, também, tomar partido nesta decisão e encarar a responsabilidade que lhe cabe. O homem, igualmente a mulher, pode decidir se quer ou não o filho e tem de ter consciência disso. Não deve simplesmente “tirar o corpo fora” e deixar a culpabilidade nas mãos da parceira. Além do mais, juridicamente falando, ninguém têm direito sobre seu próprio corpo, (por exemplo, suicídio é considerado crime), quanto mais sobre outras vidas, no caso, o feto, disse o Pastor Silas Malafaia, um dos líderes da Igreja Assembléia de Deus, em uma entrevista no programa Canal Livre da Band. Além de, o feto não ser um prolongamento do corpo da mulher, está dentro dela, mas independe dela, em uma gravidez o embrião é o ser ativo, enquanto que a mulher é o ser passivo, afirma o Pastor. 

Na entrevista, Silas Malafaia cita a questão da promiscuidade humana. Pessoalmente, creio que o aborto induzido, seja uma das conseqüências da promiscuidade, imoralidade e da irresponsabilidade sexual de algumas pessoas, especialmente alguns adolescentes e jovens. Sei que o aborto já acontece no Brasil e que as mulheres de classe baixa, são as mais prejudicadas. Mas a legalização do aborto poderia fazer dessa prática uma forma de contracepção. 

Vale ressaltar aqui, que, se as pessoas se prevenirem, não haverá necessidade de se discutir o aborto nestes extremos. Vejam só, estamos em uma sociedade globalizada, onde temos acesso a informações. Isso significa que, hoje, temos acessibilidade a métodos contraceptivos, entre eles o preservativo, a famosa camisinha. Cabe ao casal se precaver, até porque, a camisinha não previne apenas uma gravidez indesejada, bem como as DSTS. Dessa forma não existiriam tantas mortes desnecessárias, nem das mães nem dos fetos. Bem sei que as políticas de planejamento familiar precisam melhorar e muito, contudo cada um deve ter consciência de suas práticas e evitar ao máximo uma gravidez indesejada. 

Que fique claro, no Brasil, atualmente, o aborto induzido é considerado “crime contra a vida” no Código Penal Brasileiro, prevendo detenção de 1 a 10 anos, dependendo da situação, salvo em casos de estupro e de risco de vida materno, como está disposto no artigo 128 do Código Penal. O artigo 2º do Código Civil Brasileiro estabelece, desde a concepção, a proteção jurídica aos direitos do nascituro, e o artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que o feto tem direito à vida, mediante a efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento. Além da Constituição Federal, que, dispõe no caput do seu artigo 5º a inviolabilidade do direito à vida. 

Encerro aqui esse pequeno artigo, com essas palavras de Mário Quintana [199?]: “O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo... Nem pode haver roubo maior. Porque, o malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é um roubo infinito.” Que as pessoas tenham consciência das suas atitudes, para que estes “roubos” venham ser evitados, podendo esses fetos, terem o direito à vida, como lhes é garantido pela nossa Constituição.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Convite

oi galera!!
cade vocês???
vamos agitar esse blog.
beijocas

domingo, 18 de julho de 2010

Respeito à Vida

Por Eliana D'Anunciação
Um assunto muito polêmico e delicado, no Brasil, é o aborto, que é a "expulsão espontânea ou provocada, do feto do ventre, antes que ele tenha condições de sobreviver fora do útero..." (BUENO,2004).
O aborto é considerado crime segundo os artigos 124 a 127 do Código Penal Brasileiro, que contém penas que vão de um a dez anos de prisão. Entretanto, o artigo 128, incisos I e II, abre exceções para os casos em que a gestação é resultado de violência sexual ou quando a mulher corre risco de morte por causa da gravidez; além destas, em casos de anencefalia - se for da vontade dos pais - eles podem conseguir uma liminar na justiça, para realizarem o aborto.
Há muitas opiniões distintas em relãção ao aborto. Algumas pessoas concordamcom sua plena legalização, inclusive, algumas ligadas a área mádica. Como exemplos, em Portugal, um grupo de médicosde várias especialidades formaram o Movimento Médicos Pela Escolha (MPE), na campanha pela despenalização do aborto,assumindo,assim, a posição a favor deste; também, a estudante brasileira de enfermagem, Camila Leal, da Universidade Jorge Amado, concorda com a legalizaçãodo aborto, com a argumentação de que irá contribuir para diminuir abortos clandestinos e, consequêntemente, a redução da morte de mulheres. Porém, muitas pessoas, ainda, discordam, principalmente, por crenças religiosas - como o espiritismo e o catolicismo -, afirmando que o aborto é um assassinato. Já outras, não etm opinião formada ou concordam com o aborto somente em alguns casos restritos.
Na minha opinião, o aborto não deve ser legalizado e o Código Penal Brasileiro deve ser mantido, pois, realmente, deve ser muito doloroso para uma mulher acompanhar o amadurecimento de um ser fruto de um ato brutal; também, não concordo que a vida materna seja posta em risco para salvar a do feto. Entretanto, sou totalmente contra os argumentos que levam a prática do aborto ilegal, como: o direito da mulher sobre o próprio corpo, as condições socioeconômicas para educar um filho, a gravidez indesejada etc. Pois estes casos podem ser resolvidos, facilmente, com a devida proteção no ato sexual.
Antigamente, quando nem todos os individuos tinham acesso aos meios de comunicação, não tinham como conhecer os métodos contraceptivos, o aborto era admissível, pois sem conhecimento, a pessoa é ignota e não sabe como es preservar. Mas hoje, com tantos métodos contraceptivos existentes disponíveis para qualquer pessoa em postos de saúde espalhados pelo país, alguns casais, ainda, se arriscam a terem relações sexuais sem a devida proteção, podendo engravidar e, possivelmente, contrair uma DST. Além disso, com tantas tecnologia com a qual convivemos, até nos lugares mais remotos, é possivel termos acesso às informações. Assim, ignorância não é uma justificativa plausível.
Segundo uma matéria realizada por um site médico com a Dr. Albertina Duarte Takuiti -ginecologista e obstreta no Hospital das Clinicas (SP) e professora na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (usp) -, ela diz que os principais riscos do aborto são:
"[...] No caso de curetagens, a paciente pode ter as paredes do útero coladas, o que chamamos de sinéquias. É como se o útero estivesse fechado impedindo a mestruação e a gravidez. Também há o risco de obstrução das trompas, que ficariam fechadas impedindo igualmente o processo da gravidez. Se esta curagem não for feita a tempo, a paciente pode necessitar de uma esterectomia, isto é, da retirada do útero para acabar com o foco da infeccção...".
No fórum realizado pela disciplina LET A- 09 (Oficina de Leitura e Produção de textos), na UFBA (Universidade Federal da Bahia), um dos grupos ficou responsável pela visão do aborto para o genêro masculino. Foi observado o quanto a obrigação do aborto recai somente para as mulheres; dos 43 homens entrevistados, a grande maioria afirma que a decisão de abortar cabe somente a mulher. Isso é um absurdo, pois, na hora de ter uma relação sexual, ambas as partes são responsáveis por suas atitudes; não cabe somente a um se prevenir e sim aos dois; a consequência deve ser respondida por ambas as partes, e não somente a mulher pelo faoto de que "o corpo é dela". O parceiro também, não deve contribuir para aceitação do aborto ilegal, pois ele, também, é responsável pelo feto qua a mulher carrega, devendo, assim, impor sua opinião sobre a mulher e dando-lhe apoio financeiro e, principalmente, apoio psicológico, para que juntos respondam pelos seus atos.
A interrupção do aborto é algo muito sério, pois exige uma análise sobre vários fatores, como: social, religioso, jurídico, moral, entre outros. Não sou a favor do aborto clandestino, pois estes podem ser, totalmente, evitados sem precisar recorrer ao aborto como uma "medida contraceptiva", pois, para isso, há os métodos mais eficazes, e que não comprometem a saúde física e psicológica da mulher. O aborto é um assassinato e não nos cabe negar o direito a vida. Um bom investimento para não se recorrer ao aborto é promover apoio aos pais carentes, através de política de combate aos males sociais, como desemprego, falta de acesso à educação e saúde etc. Os resultados não serão imediatos. Mas se houver a participação de cada um, em seu respectivo campo de ação, as soluções surgirão ao longo dos anos.

Dica de Leitura

Galera, terminei clarisce lispector, depois de alguns dias, na segunda-feira (12-07-2010), comecei a leitura do livro Anjos e Demônios, do autor Dan Brown, me empolguei tanto com o livro que no sabádo (17-07-2010) terminei de ler, foi o meu maior recorde, nunca tinha lindo um livro de 474 páginas, em tão pouco tempo, logo me vi rodeada por ele, todo lugar que eu ia levava o livro comigo, e foi uma leitura maravilhosa.
Fiquei muito atenta com os empregos das vírgulas e acentos, pois infelizmente tenho uma dificuldade, mas pretento extermina-la, sendo menos audaciosa, quero ao menos reduzir meus erros.
Espero que vocês estejam lendo minhas postagens, pois não vejo comentarários!
GRATA

PS .: Agadeco a sofrozine, pois ele me recomendou e realmente foi uma ótima leitura.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

É tudo 1 real

Entro no ônibus, passo pelo borboleta e sento naquele lugar privilegiado, aquele onde sou só eu, não tem ninguém ao lado para que eu precise me ajustar, dar licença ou ter que ouvir qualquer conversa. É de fato, o canto mais egoísta do ônibus. Ligo o mp3, como se quisesse me abstrair de tudo que acontece no ônibus. Percebo a presença do baleiro, vendendo duas caixinhas de chiclete Mentos por 1 real. Como no dia, dinheiro não me era um problema, comprei para que me aliviasse o cansaço da longa viagem. Cada caixinha vinha com 5 gomas de mascar. Ao abrir a primeira, peguei os 5 e já ia colocar todos na boca, quando pensei: "Nossa! O que as pessoas vão pensar de mim ?". Optei em colocar 3 e em pouco tempo, engoli-os , sem medo de grudar nas tripas. E logo depois engoli os 2 restantes, sabia,do alto do meu egoísmo, que ainda teria outra caixa a minha disposição. O julgamento que as pessoas poderiam fazer sobre a minha estupidez com os chicletes não foi suficiente para que eu me impedisse de cometê-la. Daqui a pouco, me dei conta da minha ignorância e tentei parar, mas repeti a cena com a segunda caixa de chiclete.

No final, achei graça de tudo, guardei as caixas de chiclete no bolso, para que a cena permanecesse na minha memória afetiva. Dali a pouco, comecei a pensar de como o ser humano trata sem cuidado, um bem que aparentemente estará sempre a sua disposição. Comecei a rir, a falar sozinho,a discutir comigo mesmo. Achei que as pessoas estariam rindo de mim, me achando louco. Mas novamente, o julgamento das pessoas não me intimidara. Lembrei-me por um instante das minhas aulas de Ciências Do Ambiente e sim, consegui estabelecer uma relação: As pessoas não levam a sério a ideia de desenvolvimento sustentável porque não acreditam na finitude dos recursos naturais. Acham que sempre vai ter uma caixinha disponível para elas e para as futuras gerações.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Nesse período de "folgas" comecei a leitura do livro (ou melhor recomecei. pois comecei a ler ano passado, e por força maior tive que interromper) "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector, e na página 21, tem uma passagem em que recordei da nossas disciplina e todos os debates que realizamos sobre a leitura e, principalmente, a escrita...

"...escrevo por não ter nada q fazer no mundo: sobrei e
não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo
porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto
mais a rotina de me ser e se não fosse senore a novidade
que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os
dias..."

E vocês? estão lendo algo? ou escrevendo? enfim aguardo notícias...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Aborto – Legalizar ou não legalizar? Eis a questão.

Bruno Sofrozine

Eu tenho uma amiga que é Testemunha de Jeová. Se não me engano, é essa religião – ou uma das religiões – que desaprova a doação de sangue. No entanto, essa minha amiga, apesar de praticante fervorosa, confessou-me certa vez, quando seu filho sofreu um acidente de moto e precisou de uma transfusão, que, se seu sangue fosse compatível, ela doaria sem pensar duas vezes. Isso me faz pensar que são nas horas de aflição que vemos no que realmente acreditamos.


Faço essa analogia para justificar que debates sobre quem é contra ou a favor do aborto são, em minha humilde opinião, inúteis. Desta forma, revelo, já de antemão, que não tenho opinião inteiramente formada sobre o assunto, embora tenda a ser contra. E nem pretendo convencer-vos do que é certo ou errado. Intento, contudo, levantar fatos relevantes para a formação de opinião.


Partindo do ponto de vista teológico, creio que o “x” da questão seja quando, afinal, começa a vida. Questão também tratada na polêmica pesquisa de células-tronco. Eu não tenho religião declarada, mas acredito muito na doutrina espírita. Assim, acredito que a alma se une ao corpo já na concepção. Os muçulmanos, por sua vez, acreditam que o ser humano adquire sua alma somente na 16ª semana da gestação, que é quando o embrião se transforma em feto. Além disso, muitos profissionais da ciência, tais como neurocientistas e geneticistas, atribuem períodos distintos para o início da vida.


Perguntas como essa são intrigantes, mas há quem argumente, apesar de tudo, que a pergunta mais importante não é quando começa a vida, mas quando o feto atinge o mesmo status de uma pessoa. Há quem diga que um feto nunca terá a mesma importância de uma pessoa, pois o que nos define é a nossa consciência e a noção de futuro. Para alguns juristas, somente ao nascer o bebê adquire os direitos garantidos pela constituição.


Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, aborto é a expulsão de um feto ou embrião por morte fetal, antes do tempo e sem condições de vitalidade fora do útero materno. É proibido no Brasil salvo os casos de estupro e risco de vida para a mãe. No ano de 2004, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, criou mais uma exceção para o caso de fetos anencéfalos, mas que foi revogada pela Suprema Corte. No Código Penal Brasileiro não há artigo que mencione o caso de anencefalia, mas, como pensam alguns, não é preciso, visto que a criança não tem possibilidade de sobrevivência.

Teoricamente, crianças anencéfalas viveriam somente por algumas horas. Por que então, como defende o religioso Silas Malafaia, não deixar que o individuo nasça, venha ao mundo e, ao menos, cumpra seu papel? O aborto de anencéfalos consegue ser de uma crueldade pavorosa. Em todo o mundo, mas principalmente nos Estados Unidos, fetos com mais de 1kg são retirados em cesarianas e jogados em latas de lixo onde agonizam por horas.

Voltando minha visão para a religiosidade, o espiritismo entende que, no caso de risco de vida para mãe, há duas vidas em confronto e é necessário escolher uma:

Dado o caso em que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
- Preferível é que se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe. (KARDEC, 1987, p. 202)

Despreza, porém, o direito da mulher sobre o próprio corpo como argumento para a legalização do aborto já que o corpo em questão não é mais o dela.


Em 2005, o médico Drauzio Varella declarou-se a favor da legalização do aborto, ao Jornal Folha de São Paulo, desde que em um período de até três meses. Ele disse que, na verdade, o aborto já é liberado, mas somente para quem pode pagar; que tudo é uma questão de acessibilidade, que as mulheres pobres não têm. Drauzio declarou-se pessoalmente contra o aborto, mas acredita que, legalizando, irá diminuir os índices de criminalidade na área.


Em 2007, pouco antes da visita do Papa Bento XVI ao Brasil, o então Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e a Secretária de Política, Nilcéia Freire, defenderam a legalização do aborto, pois, para eles, o caso é de saúde pública, visto o grande número de abortos clandestinos no Brasil. O próprio Presidente Lula assumiu que, apesar de particularmente contra o aborto, tinha de tratar a situação como um estadista.


Contudo, nem de longe temos garantia de que a descriminalização do aborto vai reduzir a criminalidade. Talvez, tudo seja – como sempre é – um problema social. Será que, se as condições do cidadão brasileiro fossem melhores, se não houvesse tanto desemprego, se a educação fosse tratada com a importância que merece, haveria tantos enganos na gravidez?


Aborto não é método contraceptivo; é conseqüência. E uma triste conseqüência. Algumas técnicas abortivas podem causar danos irreversíveis para mulher, tanto físicos quanto psicológicos. Abortárias são sete vezes mais propensas ao suicídio e dez vezes mais propensas ao aborto espontâneo no segundo trimestre de uma gestação posterior.  Esterilidade, ablação uterina, hemorragias, queda de autoestima, perda do desejo sexual, insônia também figuram as complicações de uma gravidez interrompida.


Versando novamente sobre a questão da saúde pública, todo profissional médico tem de fazer o Juramento de Hipócrates – um documento filosófico que desde dois milênios atrás já era contra a retirada da vida. Deste modo, há toda uma questão ética e moral do médico envolvido. Lembrando ainda que, apesar do aborto ser permitido em alguns casos, o profissional da saúde não é obrigado a fazê-lo se houver conflito com sua religião ou com seus valores. Por isso, esse argumento não pode ser totalmente aceito.


Bem... Como disse ao início, apesar de ser naturalmente contra, sou somente por causa de questões morais e construções sociais que nos impõem uma cultura do que é certo ou errado. Nunca me permiti refletir profundamente sobre o tema e retomo minha alusão feita no primeiro parágrafo. Se a legalização do aborto ajudará ou não na saúde pública, não sabemos; estamos ainda em um âmbito especulativo. É fato, porém, – e eu não fecho os olhos para isso – as complicações, os riscos, inimagináveis que métodos abortivos podem trazer à saúde humana.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Artigo de opinião. Tema- Aborto: contra ou a favor? Por Paloma Fiuza

     O aborto é um tema bastante polêmico no Brasil  principalmente porquê não é legalizado. O tema já foi abordado diversas vezes em programas de televisão e as pessoas apresentam opiniões diversas à seu respeito. Essas opiniões variam de acordo com a religião a que essas pessoas pertencem, seus valores, princípios e formação escolar.
     Meu posicionamento à respeito do aborto foi sempre o mesmo. Sou completamente contra em qualquer aspecto exceto em casos de estupro da mãe, má formação do feto e risco de vida da mãe. Nesses casos o aborto é legal no Brasil. Ele pode ser realizado com toda à assistência médica necessária à mulher. Acho que quando uma mulher engravida por descuido, por falta do uso de métodos contraceptivos antes e durante o ato sexual, a responsabilidade de ter o filho e cuidar dele deve ser assumida.
     Um fato que me deixa bastante triste, no entanto, é que muitas mulheres muitas vezes num ato desesperado, fazem abortos clandestinamente em lugares precários, sem higiene e atendimento adequado. Essa atitude traz muitas vezes graves consequências para elas como a esterilidade, o sentimento de culpa por ter impedido a vida do próprio filho ou até mesmo a morte. Acredito que a  falta de apoio do pai do bebê em formação e da família e o medo de não ter condições de dar uma vida digna para o futuro filho são os fatores que mais influenciem uma mulher na hora de abortar. Ao meu ver isso não justifica um aborto, aliás, nada justifica, afinal é uma vida que está sendo ceifada.
     Minha crença em Deus e na espiritualidade dos seres humanos também colaboram para a minha opinião contra o aborto. Acredito que um feto na barriga da mãe já possua um espírito, já tenha a alma que o acompanhará nesta vida. Um aborto matará o  físico e fará mal também ao espírito dessa criança.
     As mulheres precisam se concientizar que o que elas fazem, a falta de cuidados com o próprio corpo pode trazer consequências que podem se apresentar em forma de doenças sexualmente transmissíveis ou então de uma gravidez indesejada. É preciso que tenhamos responsabilidade com nossos atos sempre. Se fizermos isso, o aborto não será pensado, muito menos realizado.    

Minha experiência com a leitura e a escrita- Paloma Fiuza

      Ler para mim é um privilégio. Me permite sonhar sem estar dormindo. Encontro nos livros universos, personagens,suas alegrias e dissabores. Imagino-os à minha maneira. Sempre gostei muito mais de palavras do que de números, me sinto à vontade com elas.
     Quando era bem pequena e meu pai lia histórias para mim à noite, achava maravilhoso como ele conseguia decifrar aquelas letras no papel. Como elas podiam dizer tantas coisas belas! Pensava que nunca fosse aprender a fazer igual.
     Hoje leio sempre e às vezes escrevo. Quem escreve expõe uma parte de si, seu olhar a respeito do mundo, seu sentir. Já escrevi em diários sobre o meu dia-a-dia, revelei segredos e pensamentos. Expresso o que sinto às pessoas que amo através das cartas e cartões que lhes entrego.
     Acredito que a palavra tenha o poder de transformar o ser humano e de tornar sua vida mais rica e interessante, por isso procuro buscá-la onde quer que ela esteja.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Professor Muito Gordo



Quando eu ainda estava na Escola, eu tinha um professor de Português gordo, muito gordo. Ele devia ter seus 60 anos, alto, voz aguda, vestia sempre roupas muito compostas, independente da temperatura do dia. E olhe que aqui, até o frio é quente. Usava óculos e não tinha bigode. Por trás desses óculos, um homem de poucos e raros amigos. O semblante triste denunciava isso: Uma solidão cosmopolita em um apartamento perdido pelo centro da cidade.

Sempre pontual e assíduo, o professor ministrava as aulas todas as terças e quintas-feiras. Ninguém prestava muita atenção. Melhor dizendo: ninguém dava qualquer atenção. Era uma aula dada ao nada. Ele falava por horas e horas e todos se mantinham em conversas paralelas. Às vezes, me dava pena e eu fingia que estava prestando atenção para que ele não se sentisse tão só. Porém logo depois me arrependia,pois ele passava a direcionar todo o conteúdo para mim. E assim, eu, consciente da minha crueldade, começava uma conversa paralela com o colega do lado, para que ele deixasse de focar em mim.

Eu, gordo também, apesar do professor, gostava da disciplina e era sempre aprovado com notas boas. Talvez por isso, os colegas me apelidaram de 'Filho do Professor'. Era sempre assim, eu vinha e falavam: "Ei gente, lá vem o filho do Professor". Eu mesmo muito gordo achava um absurdo tal associação, me sentia vítima de bullying e por isso busquei no professor uma outra característica marcante e associei a boca murcha do professor a outro colega, mas a associação nunca obteve sucesso e eu continuava ser"O Filho do Professor".

Anos se passaram, consegui emagrecer alguns quilos, mas adentrei a faculdade de Letras e sempre que encontro alguns ex-colegas, ele relembram a alcunha e se referem a mim, como sendo o 'Filho Do Professor'.

domingo, 20 de junho de 2010

Texto de Charles Chaplin (postado por Lívia)

Esse texto já deve ser bem conhecido por todos, mas resolvi postá-lo, sabe Deus o porquê.
Infelizmente meus acessos à internet têm sido raros, devido a problemas da fonte do meu computador. Queria poder postar mais.
Abraços a todos.

“A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando….E termina tudo com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito?”

terça-feira, 8 de junho de 2010

Mais do mesmo.

"Quando a realidade me entra pelos olhos, o meu pequeno mundo desaba." (RAMOS, Graciliano. Angústia. 63. Edição. São Paulo: Record, 2008.)
Semana atípica. Mais apática que o normal. A chuva incessante traz a ilusão dos compromissos adiados. Deixei tudo pra depois. Desisto. Noites marcadas pela insônia: sonho o que quero esquecer e acordo para esquecer de sonhar. Tento pensar o mais difícil e busco os apertos de mão dos possíveis aliados, mas, não consigo baixar a guarda totalmente. É preciso ouvir para saber que as palavras machucam. Estou mais egoísta. Quero pensar um pouco nas coisas que me inquietam. A vida está com muito contraste e pouco brilho. E preciso tirar os óculos para conseguir ver através do cinza que se espalha...
"Uma chuvinha renitente açoita as folhas da mangueira que ensombra o fundo do meu quintal, a água empapa o chão, mole como terra de cemitério, qualquer coisa desagradável persegue-me sem se fixar claramente no meu espírito. Sinto-me aborrecido, aperreado." (idem.)
O sofá branco, que outrora lembrava-me a alegria da reunião, encontra-se mascarado de vermelho para testemunhar os gritos sem fundamento e as lágrimas que fogem após um bocejo. Nada não, só um cisco. Passo os dias ouvindo o vento que, ao encontrar com as janelas, uiva e acalenta o corpo já cansado. Falta a pulsação. Percebo que me cai bem ficar sozinha. Começo a ouvir os meus própiros gritos no meio de todo o silêncio. E isso é o que a chuva me traz de melhor.
"Debaixo da chuva azucrinante, espécie de neblina pegajosa, a mangueira do quintal e as roseiras da casa vizinha estão quase invisíveis." (ibidem.)

Sob o olhar imaginário dos ausentes.

"Compadre meu Quelemém, muitos anos depois, me ensinou que todo desejo a gente realizar alcança - se tiver ânimo para cumprir, sete dias seguidos, a energia e paciência forte de só fazer o que dá desgosto, nôjo, gastura e cansaço, e de rejeitar toda qualidade de prazer." Grande Sertão: Veredas*.
Não. Não continuei nada ainda. Continuar é arte que não me pertence. Começar o que quero pressupõe abdicar de gostos, de rostos, de jeitos. Continuar indica uma inclinação para a força. Ser forte. Requer negação. Só mais uma hora, só mais um dia. O primeiro passo: um plano, um desejo, um objetivo. Paro. A incredulidade. A consiência. A realidade. O pessimismo.
Me sobra a vontade de mudar, embutida nela a natureza mimada de quem sempre teve tudo nas mãos e espera uma pílula de resolução de problemas. Triste, mas condiz com a realidade. Desacredito dos sonhos. Desacreditam de mim. Palavras vagas tentam me manter conformada, alienada, perdida.
As coisas seguem à deriva, como sempre.
(20/04/2009).

*Fico devendo a referência de acordo com as normas da ABNT.

Pra não esquecer.

"Mundo é o repertório de nossas possibilidades vitais. Não é, pois, algo à parte e alheio a nossa vida, mas que é sua autêntica periferia. Representa o que podemos ser; portanto, nossa potencialidade vital. Esta tem de se concretizar para realizar-se, ou, dito de outra maneira, chegamos a ser só uma parte mínima do que podemos ser. Daí que nos parece o mundo uma coisa tão enorme, e nós, dentro dele, uma coisa tão pequena. O mundo ou nossa vida possível é sempre mais que nosso destino ou vida efetiva. [...]
A vida, que é, antes de tudo, o que podemos ser, vida possível, é também, e por isso mesmo, decidir entre as possibilidades o que em efeito vamos ser. Circunstâncias e decisão são os dois elementos radicais de que se compõe a vida. A circunstância - as possibilidades - é o que de nossa vida nos é dado e imposto. Isso constitui o que chamamos o mundo. A vida não elege seu mundo, mas viver é encontrar-se, imediatamente, em um mundo determinado e insubstituível: neste de agora. Nosso mundo é a dimensão de fatalidade que integra nossa vida. Mas esta fatalidade vital não se parece à mecânica. Não somos arremessados para a existência como a bala de fuzil, cuja trajetória está absolutamente predeterminada. A fatalidade em que caímos ao cair neste mundo - o mundo é sempre este, este de agora - consiste em todo o contrário. Em vez de impor-nos uma trajetória, impõe-nos várias e, consequentemente, nos força... a eleger. Surpreendente condição a de nossa vida! Viver é sentir-se fatalmente forçado a exercitar a liberdade, a decidir o que vamos ser neste mundo. Nem um só instante se deixa descansar nossa atividade de decisão. Inclusive quando desesperados nos abandonamos ao que queira vir, decidimos não decidir."

(ORTEGA Y GASSET, José. A Rebelião das Massas. 2. ed. Rio de Janeiro : Livro Ibero-Americano, 1962.)

"E de novo voltou-lhe à cabeça uma ideia que já conhcemeos: a vida humana só acontece uma vez e não poderemos jamais verificar qual seria a boa ou a má decisão, porque, em todas as situações, só podemos decidir uma vez. Não nos é dado uma segunda, uma terceira ou uma quarta vidas para que possamos comparar decisões diferentes."

(KUNDERA, Milan. A insustentável leveza do ser. Trad. Teresa Carvalho da Fonseca. Rio de Janeiro : Rio Gráfica Ltda., 1986.)


PS: Isso é um convite à leitura dos dois livros citados. Espero que gostem tanto quanto eu estou gostando do primeiro e gostei do segundo. Beijo.

sábado, 5 de junho de 2010

MÁRIO QUINTANA

"Existe somente uma idade para ser feliz ...
somente uma época na vida de cada pessoa em que é possivel sonhar
e fazer planos e ter alegria bastante para realiza-los.
essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE".

Verônica H.

Eu escrevo para mudar o conceito de escrita. Eu escrevo pela falta de conceitos.
Eu não quero escrever por me sentir pequena demais, não tenho razões, tenho impulsos que me levam a gastar canetas no lugar de lágrimas e papel ao invés de sofrimento.
Eu gosto da magia de descrever o que os olhos fogem da obrigação de dizer.
Escrever aproxima do céu.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A mão que escreve, o prazer em ler-te

Essa minha necessidade, latente de passar a limpo
Minhas emoções, registrar meus profundos sentimentos
Essa imensa satisfação que me praz, feito distração, feito diversão,
em êxtase. É poder escrever, escrever e escreve, poder compartilhar
Escritos tão singulares, poder permutuar, em ler estilos diferentes.
Trocas de imprensões fortes extraídas das entranhas das emoções.
Poder publicar, colocar a conceitos, opiniões e julgamentos,
Confesso ser um pouco assustador, principalmente para os iniciantes,
Assim como eu. Em contrapartida é muito mais interessante e gratificante
Podermos colher elogios critica construitvo, ou mesmo criticas ferinas, não importa.
Somos o que pensamos, por conseguinte o que escrevemos.
E aqui o publicamos cientes que os comentários não são migalhas da autoarfimação
São incentivoa que nos incita nos impulsiona, enquanto amadores, entusiastas, ou 
mesmo profissionais do poetificar.
Faço-me registro no que escrevo e publico mesmo que virtual, como atitude de
liberdade
De mim para mim, como doação, generosidade, nessa imensa satisfação dessa troca
de escrever-te e ler-te.

Lufague.  


Postado por Daniela Moreira


O Leitor, Leitura na Intimidade e diferentes formas de Ler

Por Daniela Moreira

A escrita e a leitura sempre forão e continiaurão sendo algo indispensável na vida de uma sociedade, independente de época e de grupos sociais. O hábito de ler aguça o censo crítico do leitor e o torna mais criativo, dar-lhe outro modo vida, outra maneira de ver o mundo. No filme "O Leitor", podemos assistir à história de uma mulher que tem sua vida transformada, também, pelo fato de ler. A personagem Hanna apaixona-se por um rapaz bem mais jovem, um estudante com idade de ser filho. Em seus encontros amorosos, Michael leva livros e lê para ela. Essa prática de ler para alguém, nos leva a refletir sobre o texto "Diferentes Formas de Ler", de Márcia Abreu, aonde podemos observar que do séc. IV d.C ao séc. XIV, ler em voz alta era regra. Lia-se em voz alta, nos mais variados ambientes, a exemplo de salões, cafés, casas etc. Nessa época, esse tipo de leitura era visto como meio de socialização e entretenimento. Ler em silêncio não era uma prática vista com bons olhos naquele contexto. 
No filme, notamos, também, os locais escolhidos pelo casal para desfrutarem da leitura: praticamente em todos os cômodos da casa de Hanna. Partindo desse ponto, podemos fazer uma ponte com  "Leitura na Intimidade", texto de Alberto Manguel (1987), o qual fala sobre o(s) lugar(es) onde se prática a leitura, bem como da posição e das formas de se ler. Hanna e Michael liam muito na cama e no texto o autor fala sobre esse ato
     
Mas há algo mais do que entretenimento no ato de ler na cama: uma qualidade especial de privacidade ler na cama é um autocentrado, imóvel livre das convenções sociais comuns, invisíveis ao mundo, e algo que, por acontecer entre lençóis, no reino da luxúria e da ociosidade pecaminosa, tem algo da emoção das coisas proibidas. ( MANGUEL, 1987, p. 180).                      
               
Em meio a tantos livros que Michael lê para Hanna, seu preferido é "A Odisséia de Homero, um clássico da literatura. A questão da leitura de romances é, também, bordada no texto "Diferentes Formas de Ler". Enquanto estimulamos à leitura de romances, no séc. XIX, essa prática era vista como perigosa para moral, especialmente de mulheres e moças, pois acreditava-se que a leitura tinha um grande poder de determinação no comportamento das pessoas. Por conta disso, na França, houve aprovações de Leis que proibiam a criação e a edição de romances. De fato, a leitura influência e muito a conduta de um leitor, podendo, até mesmo mudar sua opinião em relação a determinado assunto. No caso de Hanna, teve sua vida transformada, também, pela falta de leitura. Sentia-se envergonhada por não saber ler, e por isso, não aceitou a promoção no seu emprego. Sendo assim, foi trabalhar na SS, polícia nazista, e foi julgada por atrocidades cometidas contra as judias de quem tomava conta. De certa forma, ela se sente mais envergonhada por não saber ler, do que por ter participado do holocausto. Hanna tem sua opinião diferenciada das outras rés, contudo, poderia ter tido uma pena similar à das outras condenadas, pois ela não agiu sozinha, porém o constrangimento, de repente até o medo de revelar, diante de uma sociedade "letrada" o analfabetismo, o fato de ser "ignorante", juntamente com o seu comportamento em relação as judias contribuíram para o fim da personagem, que, depois de muito tempo, aprende, praticamente sozinha a ler na prisão, mais, foi um pouco tarde. a falta de leitura, realmente, fez muita falta na vida de Hanna. Infelizmente, ainda, existem centenas de pessoas no Brasil, que não sabem ler, mas reconhecem a importância da leitura. Outras, que sabem, mas não se interessam muito por tal. O hábito de ler influência e transforma a realidade de uma pessoa.         

domingo, 30 de maio de 2010

Ler - Correlacionando "O Leitor", "Diferentes formas de Ler" e "Leitura na Intimidade"

Bruno Sofrozine

Houve um tempo em que o hábito de ler, principalmente quando mais freqüente entre mulheres, era visto como perigoso.

A leitura nem sempre se deu da forma como imaginamos, da maneira com a qual estamos acostumados: solitariamente, silenciosa e intimamente, de modo a não dificultar a concentração. Àquela época, essas idéias seriam execráveis. Simplesmente o fato de ler em silêncio já era, por demais, estranho. Era espantoso que se lesse sem oralizar, pois muitos nobres, do século IV d.C. ao século XIV, precisavam falar as palavras para compreender o texto.

Ainda mais esquisito, àquele tempo, seria essa intenção de que todos devem ler, e ler, sobretudo, romances, que poderiam comprometer a moral das mulheres. Acreditava-se que, lendo romances, elas corriam de se identificar com as personagens. Temia-se a proximidade estabelecida entre o real e o fictício. Chegou-se ao ponto de, na França, ser proposta uma lei que proibiria a criação, a edição e a circulação de romances.

Assim, como boa parte da Europa se preocupava em proibir e dificultar a leitura, as formas de leitura e as concepções sobre o ato de ler mudaram. Márcia Abreu aborda, em seu texto, “Diferentes Formas de Ler”, que a nossa idéia de ler está relacionada aos pensamentos e imagens construídos nos séculos XVIII e XIX. Os livros vêm, desde então, se tornando símbolo de alto intelecto e posição social. A maneira como as pessoas são retratadas em pinturas, com vários livros em volta, indicam suas vontades de evidenciar o íntimo.

O texto chama a atenção também para o que é lido. Revistas, jornais, HQs, também fazem parte do nosso universo. A leitura, que é sim indicação social, também é, e deve ser, feita por prazer.

No texto Leitura na Intimidade, vemos uma breve reflexão sobre o ato de ler na cama. Mas antes disso, ele sugere que deve ocorrer uma relação de desacordo entre o livro que lê e o lugar onde lê. Como exemplo disso, podemos tirar, do filme O Leitor, uma cena em que a personagem Michael lê, para Hanna, um livro erótico na banheira. O autor, contudo, vai mais longe; ele diz que tão relevante quanto o contraste entre conteúdo e ambiente são as posições de leitura. A partir daí, tiramos outro exemplo da obra fílmica: uma cena em que Michael, deitado de bruços, lê uma revista em quadrinhos para Hanna. Podemos ainda relacionar essa passagem com o texto de Márcia Abreu, ressaltando a variedade da leitura.

Em “O Leitor”, Michael é um garoto de quinze anos que se envolve, sexualmente, com uma mulher mais velha; Hanna era uma cobradora de bonde de uma cidade alemã, a cidade em que viviam. A década era a de 1950.

Mais tarde, se descobrirá que Hanna não lê; isso a trará sérias complicações. A relação instituída entre ela e Michael pode-se dizer que é de troca – embora ele não esteja tão ciente disso. Ela impõe uma condição de que qualquer relação sexual se dará somente após ele ler para ela. Assim, pode-se já imaginar que, mesmo quando estão se deleitando com os livros, eles passam boa parte do tempo na cama.

No texto de Manguel, é dito que ler na cama é um ato que remete ao reino da luxúria. A própria expressão “levar um livro para cama” já conota essa eroticidade. Na Europa dos séculos XVI e XVII, os quartos eram isolados. Eles constituíam os corredores das mansões, impossibilitando assim uma total tranqüilidade. Os gregos tinham uma cama especial, os romanos tinham uma cama para cada atividade. Ler na cama, muitas vezes, podia ser um risco até mesmo para as relações interpessoais. Até o século XIX, o quarto ainda não era visto como privado.

Diante de tudo, vemos que a leitura é variável. Essa idéia que já está enraizada em nossas mentes não é o que condiz com a realidade. Lugar, maneira, tempo, condições, tudo isso influi no nosso entendimento. E qualquer leitura é válida.

Tudo o que hoje preciso realmente saber, aprendi no jardim de infância

Robert Fulghum


Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia. Estas são as coisas que aprendi lá:

1. Compartilhe tudo.

2. Jogue dentro das regras.

3. Não bata nos outros.

4. Coloque as coisas de volta onde pegou.

5. Arrume a sua bagunça.

6. Não pegue as coisas dos outros.


7. Peça desculpas quando machucar alguém.


8. Lave as mãos antes de comer e reze antes de deitar.


9. Dê descarga.


10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você.


11. Respeite o outro.


12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... e desenhe.. e pinte... e cante... e dance... e brinque... e trabalhe um pouco todos os dias.

13. Tire uma soneca às tardes.

14. Quando sair, cuidado com os carros.

15. Dê a mão e fique junto.

16. Repare nas maravilhas da vida.

17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo ou ao seu mundo e verá como ele é verdadeiro, claro e firme. Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair.

Estas são verdades, não importa a idade.

Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.

sábado, 29 de maio de 2010

relação do filme"o leitor" com os textos "Leitura na Intimidade" e "Diferentes Fomas de Ler"

A leitura é de capital importância para o indivíduo, através dela adquirimos diversos conhecimentos, ficando assim, enriquecidos com novos vocábulos e novas experiências.
O texto "Leitura na intimidade" mostra o prazer vindo da leitura de acordo com o conforto corporal do leitor, trazendo assim, diversos leitores comentando sua preferência do local que lhe for conveniente para ler, além de abordar principalmente a cama como local de leitura, assim como no filme "O Leitor", Hanna, mulher mais velha com condição menos favorecida, cobradora, relaciona-se com um jovem, chamado Michael de 15 anos e, em seus encontros amorosos ela pedia para que ele lesse textos para ela.
As leituras eram realizadas em diversos locais, mas geralmente eram feitas na cama, buscando assim um lugar íntimo e particular para mergulhar num mundo ficticio e imaginário, havendo também uma relação não só no texto de Alberto Manguel mas, também com o título que passa a indeia de privacidade.
O texto " Diferentes Formas de Ler" traz a ideia de diversidade de leituras assim como no filme, em que Michael ler para Hanna diversos tipos de textos, como revistas em quadrinhos, literatura erótica, sobretudo poesia e romances.
No texto de "Márcia Abreu", a autora relata sobre as mulheres de antigamente que tinham acesso controlado à leitura, havia um preconceito de que contos e romances poderiam ser prejudiciais, por causa da identidade estabelecida entre elas e as personagens que se propunham à desejos pecaminosos. No filme "O Leitor", também pode-se notar o preconceito em relação à mulher, nas cenas nas quais Michael aparece, quer seja no cólegio, ou na faculdade, a predominância é masculina e durante as refeições em família, era o pai de Michael que determinava a decisão final.
A falta de leitura foi um fator agravante à condenação perpétua de Hanna. Analfabeta , envergonhou-se da sua condição intelectual e se viu obrigada a se acusar para não admitir o seu analfabetismo.
Portanto, os dois textos e o filme possuem pontos em comuns, principalmente, em relação à leitura, à sua importância e ao modo que ela é praticada.


Daniel Silva de Jesus
Eliana D'Anunciação

O LEITOR, a LEITURA NA INTIMIDADE e as DIFERENTES FORMAS DE LER

Por Jamile Teixeira

O leitor é um filme que discute variados assuntos. O analfabetismo, o nazismo, o julgamento aos nazistas, o amor com diferença etária, a luxúria fazem parte do enredo. O filme retrata o período nazista e pós-nazista na Alemanha romanceado através de um jovem de 15 anos e uma mulher mais velha. O amor entre o casal é despontado quando Hanna ajuda o garoto Michael, que volta curado para agradecê-la. Neste romance, misturam-se letras e sexo. O filme mostra uma diferente e interessante relação de amor entre os personagens, mesmo quando Hanna desaparece, o amor sobrevive entre o casal.
No texto, Diferentes formas de ler, a idéia de leitura compartilhada por mais de uma pessoa é colocada como forma de sociabilidade e entretenimento, funcionando assim como uma interação social. A leitura no filme é mostrada de forma compartilhada entre o casal. Michael lê para Hanna que, em segredo, sofre com seu analfabetismo. A leitura e o sexo funcionam, no filme, como ferramentas da interação social entre os personagens.
O leitor retrata a leitura de entretenimento. O texto Diferentes formas de ler, da autora Márcia Abreu, traz a ideia de leitura, contidas em fotografias divulgadas na internet, como “um ato prazeroso, que se realiza em ambientes confortáveis, tranquilos e harmônicos”, justamente, o cenário pertencente ao filme. A casa de Hanna permitia a leitura tranquila e, posteriormente, o ato sexual. Esse espaço íntimo, a cama, é tratado no texto Leitura na intimidade, discutindo a leitura e o tipo de ambiente que deve ser lido cada tipo de obra. O autor Alberto Manguel destaca o conforto no momento da leitura, pois acredita que “o prazer derivado da leitura depende em larga medida do conforto corporal do leitor.” O texto destaca, ainda, o caráter mítico da leitora na cama:

Ler na cama é um ato autoconcentrado, imóvel, livre das convenções sociais comuns, invisível ao mundo, e algo que, por acontecer entre lençóis, no reino da luxúria e da ociosidade pecaminosa, tem algo de emoção das coisas proibidas [...] um certo colorido erótico (MANGUEL, 1987).

Essas palavras do autor do texto Leitura na intimidade refletem o filme O leitor, porque a cama retratada no texto funciona, no filme, como esse espaço real de leitura e luxúria.

Um Histórico de Leitura e Escrita

Por Renato Luz


Sou Renato, tenho 20 anos, sou natural de Livramento de Nossa Senhora e resido em Cachoeira, Bahia. Comecei a ter contatos com livros ainda criança, aprendi a ler com cerca de cinco anos de idade, estudei o primário e o ginásio em escolas públicas que pouco ou nada incentivavam a leitura.
Embora tivesse origem humilde, meu pai tinha muitos livros, a maioria se tratava de literatura espírita e também de registros da história do nosso município, da qual meu pai muito apreciava embora tivesse dificuldade na leitura. Foi num contexto de influência do meu irmão e meu pai que também me fascinei por ler livros de “história”; gostava de ler sobre as guerras, sobre a Revolução Russa, sobre o mercantilismo, Revolução Francesa, entre tantos outros. Antes dos 14 anos, já tinha lido, ainda que superficialmente, sobre todos os marcos históricos da idade antiga à contemporânea. Pela limitação financeira, os livros didáticos me supriam esta necessidade que também me servia de passa tempo.
Gostava muito de ler sobre Napoleão Bonaparte, mas também sobre a I e II guerra mundial, apreciava ler sobre a memória do meu município e também sobre personalidades, de esportistas a políticos.
Em minhas lembranças, o primeiro romance que li foi a “Ilha Perdida”, entre 10 e 11 anos, com um roteiro que me chamou bastante atenção. Gostava mais de ler sobre as escolas literárias em si, do que propriamente os romances. Posso enumerar alguns romances que ao longo da minha adolescência me chamaram mais atenção, são eles: Do outro lado da Ilha, O cortiço, Triste fim de Policarpo Quaresma, A escrava Isaura, e dois em especial, o emocionante enredo de “Meu Pé de Laranja Lima” e o notável “Dom Casmurro”, pela atratividade do drama de Capitu, Bentinho e Escobar.
Ao longo dos anos, me interessei por outros livros que não tivessem relação com o calendário escolar, aos 16 anos li o Pagador de promessas, também o envolvente Código da Vinci e Fortaleza Digital, ambos de Dan Brown, este último talvez seja o enredo que mais me chamou atenção até hoje.
Quanto a escrita, a princípio escrevia pouco e muito mal, pior do que eu escrevo hoje. Sempre fui “rebelde” às regras gramaticais e muitas vezes as ignorava. Em geral, o que eu escrevia até meus 17 anos se resumia às redações do colégio, ou textos com finalidades semelhantes. Redigi praticamente sozinho um jornal para o Grêmio estudantil do qual eu participava, em geral se tratavam de textos de valor congregativo.
Ao escolher uma área para prestar vestibular, fiz minha opção para jornalismo por compreender seu papel de atuação na sociedade e contribuir de alguma forma com ela. Hoje sou estudante do 5º semestre de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, tenho dois artigos acadêmicos publicados na área de Mídia e Política, e diversos artigos jornalísticos publicados em jornais do sudoeste e recôncavo baiano.
Mantenho uma coluna sobre política no Jornal O Guarany, com circulação em Cachoeira, na qual teço críticas à personalidades públicas, e faço análise de cenário. Pretendo me especializar na área de jornalismo político e continuar lendo e escrevendo muito sobre o tema, sou amante das crônicas deste gênero e leitor assíduo de blogs e sites com o mesmo perfil.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Um Dia Você Aprende

"Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorretar a alma. E você aprende qua amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Aprende que se leva anos para se construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la, e que você pode fazer certas coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer,apesar de longas distâncias. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que quando está com raiva, tem o direito de estar com raiva, mas que isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não lhe ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não ame você, mas simplesmente não sabe demostrar ou viver isso.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para atrás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

William Shakespeare

Eliana D'Anunciação

" Saber Amar"

O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.
Mas sabe-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demostração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorrir com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão...
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspíra; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: EU TE AMO NÃO DIZ TUDO!

Mário Quintana

quinta-feira, 27 de maio de 2010

No Brasil, futebol é religião


Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você trem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixam de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina - ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Por Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho.