sábado, 31 de julho de 2010

Divulguem

Oficina de Letramento : Contando Histórias para Surdos
Local: Biblioteca Anísio Teixeira
17 e 27 de agosto
10 e 24 de setembro
28 de setembro - apresentações
Das 14h às 17h
telefone: 3117-6339
Novamente peço a ajuda de todos para divulgarem. É muito importante que as pessoas surdas tenham o seu espaço na sociedade, e que os seus direitos sejam prevalecidos.
obrigada!!!

Divulguem

Na biblioteca Anísio Teixeira há várias atividades desenvolvidas como: palestras, cine-video, exposições bibliográfica, documentais e fotográficas de Anísio Teixeira, levantamentos bibliográficos, peças teatrais, exibição de filmes brasileiros com legendas, possibilitando o acesso de pessoas surdas, entre outros, mas o que me levou a visitar o acervo desta biblioteca foi pelo fato de ser a única biblioteca pública do Brasil voltada, principalmente, para pessoas surdas. Pude desfrutar de vários livros, inclusive, tive acesso com um usuário surdo e adolescente.
Lá há curso de libras (Língua Brasileira de Sinais), que é uma matéria obrigatoria para o curso de Letras, e o mais importante, além do conhecimento, esse curso e oferecido gratuitamentre e os alunos ganharão certificado, eu pude me inscrever no curso, mas infelizmente foi uma das ultimas vagas, se alguém se interessar pode ir na biblioteca e se inscrever se não conseguirem vagas para esta turma seu nome será direcionado para a próxima turma.
Biblioteca Anísio Teixeira
Av. 7 de setembro,74, Ed. Portal de São Bento
Ladeira de São Bento
Funcionamento
segunda a sexta, das 8h às 17h
telefone: 31176339
Obrigada pela atenção e por favor divulgarem, a biblioteca infelizmante não tem um espaço tão amplo mas o seu mundo de livros tem uma gigantesca importancia!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O BBB do amor

O amor é brega, eu sei. Ele é tão brega que, por causa dele, lançamos algumas expressões, como: chuchu, rainha, dogão, patroa, etc... No amor, todo apelido é bem-vindo e só no amor, faz-se amor e não se fode.

Eu tenho uma amiga que enquanto apaixonada só fazia amor. E dizia: "Hoje a gente fez amor 8 vezes". É né? Já dizia Adélia: "... é descuidar o amor te pega / te come te molha todo/ mas água o amor não é"

O amor não é só brega, ele é burro. É burro e cego. Mas não é uma burrice, no sentido de ignorância. É uma burrice, de faltar discernimento. E só depois que acaba, a gente pensa: "Nossa! Como eu gostei dessa criatura por tanto tempo?".

Uma outra amiga namorou, por anos, um cara, com quem pretendia viajar ilegalmente para os Estados Unidos, trabalhar como faxineira e receber farinha e outros produtos (brasileiros) pelos Correios. Mas ainda bem que passou e os sonhos dela agora são outros.

Posso dizer também que o amor é bobo. E ele tenta de toda forma agradar. Tenta se inteirar do gosto alheio e até finge que achou graça da piada mais sem-graça só pra chamar a atenção.

Por fim, eu também já me apaixonei. E enquanto estava apaixonado, fingia gostos, que na época não pareciam fingidos. Assisti a filmes que em outrora não assistiria. Já tomei ônibus com percursos totalmente diferentes do meu, somente pelo êxtase da companhia.

Hoje paro, penso se aquilo tudo era brega, burro ou bobo e sinceramente não sei. Rio muito lembrando de toda a situação e já rio de experiências que certamente virão.

O aborto não é apenas um assassinato, é um roubo.

Por Dani Moreira

O aborto é sem dúvida alguma, um dos temas mais polêmicos dos últimos tempos. Mas, o que é o aborto? Entendo o aborto como sendo a expulsão do feto ou embrião, resultando na sua morte. Isso pode ser espontâneo (quando acontece por causas naturais ou acidentais) e induzido, (quando há ação humana). Falar de aborto envolve várias questões, tais como, a decisão ser feminina ou ser uma questão de saúde pública. É polêmico porque envolve costumes, culturas e porque não dizermos sentimentos. E mais que tudo isso, mexe com a vida. E o que é vida? Onde ela começa?

Definir vida e onde ela começa é algo complexo, porque o seu conceito tende a variar de acordo com convicções religiosas, jurídicas, morais, científicas etc. A biologia tem um papel muito importante nessa definição, e os cientistas dividem suas opiniões. Contudo, a mais aceita, diz que a vida se inicia a partir da fecundação. Segundo a ciência, o que define o ser humano é o ADN, que é formado no momento da fecundação. Sendo assim, acredito que é a partir da fecundação, o encontro do espermatozóide com o óvulo, que se inicia uma vida. Há quem diga o contrário, mas eu acredito nisso. Portanto, não podemos impedir que alguém viva. Todos têm direito à vida, e este prevalece sobre qualquer outro. 

Então, por que interromper uma gravidez? Por que jogar fora vidas sem necessidade e também se prejudicar? . De fato, o aborto não é uma coisa boa para ninguém. Além disso, mexe, inclusive, com o psicológico, a saúde mental das mulheres que fazem práticas abortivas.

Não concordo que a decisão de abortar seja somente feminina. O corpo é da mulher, porém, não o filho, pois ela não o fez sozinha. Portanto, cabe aos homens, também, tomar partido nesta decisão e encarar a responsabilidade que lhe cabe. O homem, igualmente a mulher, pode decidir se quer ou não o filho e tem de ter consciência disso. Não deve simplesmente “tirar o corpo fora” e deixar a culpabilidade nas mãos da parceira. Além do mais, juridicamente falando, ninguém têm direito sobre seu próprio corpo, (por exemplo, suicídio é considerado crime), quanto mais sobre outras vidas, no caso, o feto, disse o Pastor Silas Malafaia, um dos líderes da Igreja Assembléia de Deus, em uma entrevista no programa Canal Livre da Band. Além de, o feto não ser um prolongamento do corpo da mulher, está dentro dela, mas independe dela, em uma gravidez o embrião é o ser ativo, enquanto que a mulher é o ser passivo, afirma o Pastor. 

Na entrevista, Silas Malafaia cita a questão da promiscuidade humana. Pessoalmente, creio que o aborto induzido, seja uma das conseqüências da promiscuidade, imoralidade e da irresponsabilidade sexual de algumas pessoas, especialmente alguns adolescentes e jovens. Sei que o aborto já acontece no Brasil e que as mulheres de classe baixa, são as mais prejudicadas. Mas a legalização do aborto poderia fazer dessa prática uma forma de contracepção. 

Vale ressaltar aqui, que, se as pessoas se prevenirem, não haverá necessidade de se discutir o aborto nestes extremos. Vejam só, estamos em uma sociedade globalizada, onde temos acesso a informações. Isso significa que, hoje, temos acessibilidade a métodos contraceptivos, entre eles o preservativo, a famosa camisinha. Cabe ao casal se precaver, até porque, a camisinha não previne apenas uma gravidez indesejada, bem como as DSTS. Dessa forma não existiriam tantas mortes desnecessárias, nem das mães nem dos fetos. Bem sei que as políticas de planejamento familiar precisam melhorar e muito, contudo cada um deve ter consciência de suas práticas e evitar ao máximo uma gravidez indesejada. 

Que fique claro, no Brasil, atualmente, o aborto induzido é considerado “crime contra a vida” no Código Penal Brasileiro, prevendo detenção de 1 a 10 anos, dependendo da situação, salvo em casos de estupro e de risco de vida materno, como está disposto no artigo 128 do Código Penal. O artigo 2º do Código Civil Brasileiro estabelece, desde a concepção, a proteção jurídica aos direitos do nascituro, e o artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que o feto tem direito à vida, mediante a efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento. Além da Constituição Federal, que, dispõe no caput do seu artigo 5º a inviolabilidade do direito à vida. 

Encerro aqui esse pequeno artigo, com essas palavras de Mário Quintana [199?]: “O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo... Nem pode haver roubo maior. Porque, o malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é um roubo infinito.” Que as pessoas tenham consciência das suas atitudes, para que estes “roubos” venham ser evitados, podendo esses fetos, terem o direito à vida, como lhes é garantido pela nossa Constituição.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Convite

oi galera!!
cade vocês???
vamos agitar esse blog.
beijocas

domingo, 18 de julho de 2010

Respeito à Vida

Por Eliana D'Anunciação
Um assunto muito polêmico e delicado, no Brasil, é o aborto, que é a "expulsão espontânea ou provocada, do feto do ventre, antes que ele tenha condições de sobreviver fora do útero..." (BUENO,2004).
O aborto é considerado crime segundo os artigos 124 a 127 do Código Penal Brasileiro, que contém penas que vão de um a dez anos de prisão. Entretanto, o artigo 128, incisos I e II, abre exceções para os casos em que a gestação é resultado de violência sexual ou quando a mulher corre risco de morte por causa da gravidez; além destas, em casos de anencefalia - se for da vontade dos pais - eles podem conseguir uma liminar na justiça, para realizarem o aborto.
Há muitas opiniões distintas em relãção ao aborto. Algumas pessoas concordamcom sua plena legalização, inclusive, algumas ligadas a área mádica. Como exemplos, em Portugal, um grupo de médicosde várias especialidades formaram o Movimento Médicos Pela Escolha (MPE), na campanha pela despenalização do aborto,assumindo,assim, a posição a favor deste; também, a estudante brasileira de enfermagem, Camila Leal, da Universidade Jorge Amado, concorda com a legalizaçãodo aborto, com a argumentação de que irá contribuir para diminuir abortos clandestinos e, consequêntemente, a redução da morte de mulheres. Porém, muitas pessoas, ainda, discordam, principalmente, por crenças religiosas - como o espiritismo e o catolicismo -, afirmando que o aborto é um assassinato. Já outras, não etm opinião formada ou concordam com o aborto somente em alguns casos restritos.
Na minha opinião, o aborto não deve ser legalizado e o Código Penal Brasileiro deve ser mantido, pois, realmente, deve ser muito doloroso para uma mulher acompanhar o amadurecimento de um ser fruto de um ato brutal; também, não concordo que a vida materna seja posta em risco para salvar a do feto. Entretanto, sou totalmente contra os argumentos que levam a prática do aborto ilegal, como: o direito da mulher sobre o próprio corpo, as condições socioeconômicas para educar um filho, a gravidez indesejada etc. Pois estes casos podem ser resolvidos, facilmente, com a devida proteção no ato sexual.
Antigamente, quando nem todos os individuos tinham acesso aos meios de comunicação, não tinham como conhecer os métodos contraceptivos, o aborto era admissível, pois sem conhecimento, a pessoa é ignota e não sabe como es preservar. Mas hoje, com tantos métodos contraceptivos existentes disponíveis para qualquer pessoa em postos de saúde espalhados pelo país, alguns casais, ainda, se arriscam a terem relações sexuais sem a devida proteção, podendo engravidar e, possivelmente, contrair uma DST. Além disso, com tantas tecnologia com a qual convivemos, até nos lugares mais remotos, é possivel termos acesso às informações. Assim, ignorância não é uma justificativa plausível.
Segundo uma matéria realizada por um site médico com a Dr. Albertina Duarte Takuiti -ginecologista e obstreta no Hospital das Clinicas (SP) e professora na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (usp) -, ela diz que os principais riscos do aborto são:
"[...] No caso de curetagens, a paciente pode ter as paredes do útero coladas, o que chamamos de sinéquias. É como se o útero estivesse fechado impedindo a mestruação e a gravidez. Também há o risco de obstrução das trompas, que ficariam fechadas impedindo igualmente o processo da gravidez. Se esta curagem não for feita a tempo, a paciente pode necessitar de uma esterectomia, isto é, da retirada do útero para acabar com o foco da infeccção...".
No fórum realizado pela disciplina LET A- 09 (Oficina de Leitura e Produção de textos), na UFBA (Universidade Federal da Bahia), um dos grupos ficou responsável pela visão do aborto para o genêro masculino. Foi observado o quanto a obrigação do aborto recai somente para as mulheres; dos 43 homens entrevistados, a grande maioria afirma que a decisão de abortar cabe somente a mulher. Isso é um absurdo, pois, na hora de ter uma relação sexual, ambas as partes são responsáveis por suas atitudes; não cabe somente a um se prevenir e sim aos dois; a consequência deve ser respondida por ambas as partes, e não somente a mulher pelo faoto de que "o corpo é dela". O parceiro também, não deve contribuir para aceitação do aborto ilegal, pois ele, também, é responsável pelo feto qua a mulher carrega, devendo, assim, impor sua opinião sobre a mulher e dando-lhe apoio financeiro e, principalmente, apoio psicológico, para que juntos respondam pelos seus atos.
A interrupção do aborto é algo muito sério, pois exige uma análise sobre vários fatores, como: social, religioso, jurídico, moral, entre outros. Não sou a favor do aborto clandestino, pois estes podem ser, totalmente, evitados sem precisar recorrer ao aborto como uma "medida contraceptiva", pois, para isso, há os métodos mais eficazes, e que não comprometem a saúde física e psicológica da mulher. O aborto é um assassinato e não nos cabe negar o direito a vida. Um bom investimento para não se recorrer ao aborto é promover apoio aos pais carentes, através de política de combate aos males sociais, como desemprego, falta de acesso à educação e saúde etc. Os resultados não serão imediatos. Mas se houver a participação de cada um, em seu respectivo campo de ação, as soluções surgirão ao longo dos anos.

Dica de Leitura

Galera, terminei clarisce lispector, depois de alguns dias, na segunda-feira (12-07-2010), comecei a leitura do livro Anjos e Demônios, do autor Dan Brown, me empolguei tanto com o livro que no sabádo (17-07-2010) terminei de ler, foi o meu maior recorde, nunca tinha lindo um livro de 474 páginas, em tão pouco tempo, logo me vi rodeada por ele, todo lugar que eu ia levava o livro comigo, e foi uma leitura maravilhosa.
Fiquei muito atenta com os empregos das vírgulas e acentos, pois infelizmente tenho uma dificuldade, mas pretento extermina-la, sendo menos audaciosa, quero ao menos reduzir meus erros.
Espero que vocês estejam lendo minhas postagens, pois não vejo comentarários!
GRATA

PS .: Agadeco a sofrozine, pois ele me recomendou e realmente foi uma ótima leitura.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

É tudo 1 real

Entro no ônibus, passo pelo borboleta e sento naquele lugar privilegiado, aquele onde sou só eu, não tem ninguém ao lado para que eu precise me ajustar, dar licença ou ter que ouvir qualquer conversa. É de fato, o canto mais egoísta do ônibus. Ligo o mp3, como se quisesse me abstrair de tudo que acontece no ônibus. Percebo a presença do baleiro, vendendo duas caixinhas de chiclete Mentos por 1 real. Como no dia, dinheiro não me era um problema, comprei para que me aliviasse o cansaço da longa viagem. Cada caixinha vinha com 5 gomas de mascar. Ao abrir a primeira, peguei os 5 e já ia colocar todos na boca, quando pensei: "Nossa! O que as pessoas vão pensar de mim ?". Optei em colocar 3 e em pouco tempo, engoli-os , sem medo de grudar nas tripas. E logo depois engoli os 2 restantes, sabia,do alto do meu egoísmo, que ainda teria outra caixa a minha disposição. O julgamento que as pessoas poderiam fazer sobre a minha estupidez com os chicletes não foi suficiente para que eu me impedisse de cometê-la. Daqui a pouco, me dei conta da minha ignorância e tentei parar, mas repeti a cena com a segunda caixa de chiclete.

No final, achei graça de tudo, guardei as caixas de chiclete no bolso, para que a cena permanecesse na minha memória afetiva. Dali a pouco, comecei a pensar de como o ser humano trata sem cuidado, um bem que aparentemente estará sempre a sua disposição. Comecei a rir, a falar sozinho,a discutir comigo mesmo. Achei que as pessoas estariam rindo de mim, me achando louco. Mas novamente, o julgamento das pessoas não me intimidara. Lembrei-me por um instante das minhas aulas de Ciências Do Ambiente e sim, consegui estabelecer uma relação: As pessoas não levam a sério a ideia de desenvolvimento sustentável porque não acreditam na finitude dos recursos naturais. Acham que sempre vai ter uma caixinha disponível para elas e para as futuras gerações.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Nesse período de "folgas" comecei a leitura do livro (ou melhor recomecei. pois comecei a ler ano passado, e por força maior tive que interromper) "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector, e na página 21, tem uma passagem em que recordei da nossas disciplina e todos os debates que realizamos sobre a leitura e, principalmente, a escrita...

"...escrevo por não ter nada q fazer no mundo: sobrei e
não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo
porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto
mais a rotina de me ser e se não fosse senore a novidade
que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os
dias..."

E vocês? estão lendo algo? ou escrevendo? enfim aguardo notícias...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Aborto – Legalizar ou não legalizar? Eis a questão.

Bruno Sofrozine

Eu tenho uma amiga que é Testemunha de Jeová. Se não me engano, é essa religião – ou uma das religiões – que desaprova a doação de sangue. No entanto, essa minha amiga, apesar de praticante fervorosa, confessou-me certa vez, quando seu filho sofreu um acidente de moto e precisou de uma transfusão, que, se seu sangue fosse compatível, ela doaria sem pensar duas vezes. Isso me faz pensar que são nas horas de aflição que vemos no que realmente acreditamos.


Faço essa analogia para justificar que debates sobre quem é contra ou a favor do aborto são, em minha humilde opinião, inúteis. Desta forma, revelo, já de antemão, que não tenho opinião inteiramente formada sobre o assunto, embora tenda a ser contra. E nem pretendo convencer-vos do que é certo ou errado. Intento, contudo, levantar fatos relevantes para a formação de opinião.


Partindo do ponto de vista teológico, creio que o “x” da questão seja quando, afinal, começa a vida. Questão também tratada na polêmica pesquisa de células-tronco. Eu não tenho religião declarada, mas acredito muito na doutrina espírita. Assim, acredito que a alma se une ao corpo já na concepção. Os muçulmanos, por sua vez, acreditam que o ser humano adquire sua alma somente na 16ª semana da gestação, que é quando o embrião se transforma em feto. Além disso, muitos profissionais da ciência, tais como neurocientistas e geneticistas, atribuem períodos distintos para o início da vida.


Perguntas como essa são intrigantes, mas há quem argumente, apesar de tudo, que a pergunta mais importante não é quando começa a vida, mas quando o feto atinge o mesmo status de uma pessoa. Há quem diga que um feto nunca terá a mesma importância de uma pessoa, pois o que nos define é a nossa consciência e a noção de futuro. Para alguns juristas, somente ao nascer o bebê adquire os direitos garantidos pela constituição.


Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, aborto é a expulsão de um feto ou embrião por morte fetal, antes do tempo e sem condições de vitalidade fora do útero materno. É proibido no Brasil salvo os casos de estupro e risco de vida para a mãe. No ano de 2004, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, criou mais uma exceção para o caso de fetos anencéfalos, mas que foi revogada pela Suprema Corte. No Código Penal Brasileiro não há artigo que mencione o caso de anencefalia, mas, como pensam alguns, não é preciso, visto que a criança não tem possibilidade de sobrevivência.

Teoricamente, crianças anencéfalas viveriam somente por algumas horas. Por que então, como defende o religioso Silas Malafaia, não deixar que o individuo nasça, venha ao mundo e, ao menos, cumpra seu papel? O aborto de anencéfalos consegue ser de uma crueldade pavorosa. Em todo o mundo, mas principalmente nos Estados Unidos, fetos com mais de 1kg são retirados em cesarianas e jogados em latas de lixo onde agonizam por horas.

Voltando minha visão para a religiosidade, o espiritismo entende que, no caso de risco de vida para mãe, há duas vidas em confronto e é necessário escolher uma:

Dado o caso em que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
- Preferível é que se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe. (KARDEC, 1987, p. 202)

Despreza, porém, o direito da mulher sobre o próprio corpo como argumento para a legalização do aborto já que o corpo em questão não é mais o dela.


Em 2005, o médico Drauzio Varella declarou-se a favor da legalização do aborto, ao Jornal Folha de São Paulo, desde que em um período de até três meses. Ele disse que, na verdade, o aborto já é liberado, mas somente para quem pode pagar; que tudo é uma questão de acessibilidade, que as mulheres pobres não têm. Drauzio declarou-se pessoalmente contra o aborto, mas acredita que, legalizando, irá diminuir os índices de criminalidade na área.


Em 2007, pouco antes da visita do Papa Bento XVI ao Brasil, o então Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e a Secretária de Política, Nilcéia Freire, defenderam a legalização do aborto, pois, para eles, o caso é de saúde pública, visto o grande número de abortos clandestinos no Brasil. O próprio Presidente Lula assumiu que, apesar de particularmente contra o aborto, tinha de tratar a situação como um estadista.


Contudo, nem de longe temos garantia de que a descriminalização do aborto vai reduzir a criminalidade. Talvez, tudo seja – como sempre é – um problema social. Será que, se as condições do cidadão brasileiro fossem melhores, se não houvesse tanto desemprego, se a educação fosse tratada com a importância que merece, haveria tantos enganos na gravidez?


Aborto não é método contraceptivo; é conseqüência. E uma triste conseqüência. Algumas técnicas abortivas podem causar danos irreversíveis para mulher, tanto físicos quanto psicológicos. Abortárias são sete vezes mais propensas ao suicídio e dez vezes mais propensas ao aborto espontâneo no segundo trimestre de uma gestação posterior.  Esterilidade, ablação uterina, hemorragias, queda de autoestima, perda do desejo sexual, insônia também figuram as complicações de uma gravidez interrompida.


Versando novamente sobre a questão da saúde pública, todo profissional médico tem de fazer o Juramento de Hipócrates – um documento filosófico que desde dois milênios atrás já era contra a retirada da vida. Deste modo, há toda uma questão ética e moral do médico envolvido. Lembrando ainda que, apesar do aborto ser permitido em alguns casos, o profissional da saúde não é obrigado a fazê-lo se houver conflito com sua religião ou com seus valores. Por isso, esse argumento não pode ser totalmente aceito.


Bem... Como disse ao início, apesar de ser naturalmente contra, sou somente por causa de questões morais e construções sociais que nos impõem uma cultura do que é certo ou errado. Nunca me permiti refletir profundamente sobre o tema e retomo minha alusão feita no primeiro parágrafo. Se a legalização do aborto ajudará ou não na saúde pública, não sabemos; estamos ainda em um âmbito especulativo. É fato, porém, – e eu não fecho os olhos para isso – as complicações, os riscos, inimagináveis que métodos abortivos podem trazer à saúde humana.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Artigo de opinião. Tema- Aborto: contra ou a favor? Por Paloma Fiuza

     O aborto é um tema bastante polêmico no Brasil  principalmente porquê não é legalizado. O tema já foi abordado diversas vezes em programas de televisão e as pessoas apresentam opiniões diversas à seu respeito. Essas opiniões variam de acordo com a religião a que essas pessoas pertencem, seus valores, princípios e formação escolar.
     Meu posicionamento à respeito do aborto foi sempre o mesmo. Sou completamente contra em qualquer aspecto exceto em casos de estupro da mãe, má formação do feto e risco de vida da mãe. Nesses casos o aborto é legal no Brasil. Ele pode ser realizado com toda à assistência médica necessária à mulher. Acho que quando uma mulher engravida por descuido, por falta do uso de métodos contraceptivos antes e durante o ato sexual, a responsabilidade de ter o filho e cuidar dele deve ser assumida.
     Um fato que me deixa bastante triste, no entanto, é que muitas mulheres muitas vezes num ato desesperado, fazem abortos clandestinamente em lugares precários, sem higiene e atendimento adequado. Essa atitude traz muitas vezes graves consequências para elas como a esterilidade, o sentimento de culpa por ter impedido a vida do próprio filho ou até mesmo a morte. Acredito que a  falta de apoio do pai do bebê em formação e da família e o medo de não ter condições de dar uma vida digna para o futuro filho são os fatores que mais influenciem uma mulher na hora de abortar. Ao meu ver isso não justifica um aborto, aliás, nada justifica, afinal é uma vida que está sendo ceifada.
     Minha crença em Deus e na espiritualidade dos seres humanos também colaboram para a minha opinião contra o aborto. Acredito que um feto na barriga da mãe já possua um espírito, já tenha a alma que o acompanhará nesta vida. Um aborto matará o  físico e fará mal também ao espírito dessa criança.
     As mulheres precisam se concientizar que o que elas fazem, a falta de cuidados com o próprio corpo pode trazer consequências que podem se apresentar em forma de doenças sexualmente transmissíveis ou então de uma gravidez indesejada. É preciso que tenhamos responsabilidade com nossos atos sempre. Se fizermos isso, o aborto não será pensado, muito menos realizado.    

Minha experiência com a leitura e a escrita- Paloma Fiuza

      Ler para mim é um privilégio. Me permite sonhar sem estar dormindo. Encontro nos livros universos, personagens,suas alegrias e dissabores. Imagino-os à minha maneira. Sempre gostei muito mais de palavras do que de números, me sinto à vontade com elas.
     Quando era bem pequena e meu pai lia histórias para mim à noite, achava maravilhoso como ele conseguia decifrar aquelas letras no papel. Como elas podiam dizer tantas coisas belas! Pensava que nunca fosse aprender a fazer igual.
     Hoje leio sempre e às vezes escrevo. Quem escreve expõe uma parte de si, seu olhar a respeito do mundo, seu sentir. Já escrevi em diários sobre o meu dia-a-dia, revelei segredos e pensamentos. Expresso o que sinto às pessoas que amo através das cartas e cartões que lhes entrego.
     Acredito que a palavra tenha o poder de transformar o ser humano e de tornar sua vida mais rica e interessante, por isso procuro buscá-la onde quer que ela esteja.