sábado, 29 de maio de 2010

Um Histórico de Leitura e Escrita

Por Renato Luz


Sou Renato, tenho 20 anos, sou natural de Livramento de Nossa Senhora e resido em Cachoeira, Bahia. Comecei a ter contatos com livros ainda criança, aprendi a ler com cerca de cinco anos de idade, estudei o primário e o ginásio em escolas públicas que pouco ou nada incentivavam a leitura.
Embora tivesse origem humilde, meu pai tinha muitos livros, a maioria se tratava de literatura espírita e também de registros da história do nosso município, da qual meu pai muito apreciava embora tivesse dificuldade na leitura. Foi num contexto de influência do meu irmão e meu pai que também me fascinei por ler livros de “história”; gostava de ler sobre as guerras, sobre a Revolução Russa, sobre o mercantilismo, Revolução Francesa, entre tantos outros. Antes dos 14 anos, já tinha lido, ainda que superficialmente, sobre todos os marcos históricos da idade antiga à contemporânea. Pela limitação financeira, os livros didáticos me supriam esta necessidade que também me servia de passa tempo.
Gostava muito de ler sobre Napoleão Bonaparte, mas também sobre a I e II guerra mundial, apreciava ler sobre a memória do meu município e também sobre personalidades, de esportistas a políticos.
Em minhas lembranças, o primeiro romance que li foi a “Ilha Perdida”, entre 10 e 11 anos, com um roteiro que me chamou bastante atenção. Gostava mais de ler sobre as escolas literárias em si, do que propriamente os romances. Posso enumerar alguns romances que ao longo da minha adolescência me chamaram mais atenção, são eles: Do outro lado da Ilha, O cortiço, Triste fim de Policarpo Quaresma, A escrava Isaura, e dois em especial, o emocionante enredo de “Meu Pé de Laranja Lima” e o notável “Dom Casmurro”, pela atratividade do drama de Capitu, Bentinho e Escobar.
Ao longo dos anos, me interessei por outros livros que não tivessem relação com o calendário escolar, aos 16 anos li o Pagador de promessas, também o envolvente Código da Vinci e Fortaleza Digital, ambos de Dan Brown, este último talvez seja o enredo que mais me chamou atenção até hoje.
Quanto a escrita, a princípio escrevia pouco e muito mal, pior do que eu escrevo hoje. Sempre fui “rebelde” às regras gramaticais e muitas vezes as ignorava. Em geral, o que eu escrevia até meus 17 anos se resumia às redações do colégio, ou textos com finalidades semelhantes. Redigi praticamente sozinho um jornal para o Grêmio estudantil do qual eu participava, em geral se tratavam de textos de valor congregativo.
Ao escolher uma área para prestar vestibular, fiz minha opção para jornalismo por compreender seu papel de atuação na sociedade e contribuir de alguma forma com ela. Hoje sou estudante do 5º semestre de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, tenho dois artigos acadêmicos publicados na área de Mídia e Política, e diversos artigos jornalísticos publicados em jornais do sudoeste e recôncavo baiano.
Mantenho uma coluna sobre política no Jornal O Guarany, com circulação em Cachoeira, na qual teço críticas à personalidades públicas, e faço análise de cenário. Pretendo me especializar na área de jornalismo político e continuar lendo e escrevendo muito sobre o tema, sou amante das crônicas deste gênero e leitor assíduo de blogs e sites com o mesmo perfil.

Um comentário:

  1. Mile, a entrevista que você fez está muito legal.
    Relacionei com o texto que nós trabalhamos em sala de aula, que nós trazia a ideia da leitura ser ligada antigamente somente as pessoas com maiores condições socias.
    Renato, é apenas um desses leitores de origem
    mais humldes que "sabe" o poder que a leitura e a escrita tem em nossas vida.

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