sexta-feira, 30 de julho de 2010

O BBB do amor

O amor é brega, eu sei. Ele é tão brega que, por causa dele, lançamos algumas expressões, como: chuchu, rainha, dogão, patroa, etc... No amor, todo apelido é bem-vindo e só no amor, faz-se amor e não se fode.

Eu tenho uma amiga que enquanto apaixonada só fazia amor. E dizia: "Hoje a gente fez amor 8 vezes". É né? Já dizia Adélia: "... é descuidar o amor te pega / te come te molha todo/ mas água o amor não é"

O amor não é só brega, ele é burro. É burro e cego. Mas não é uma burrice, no sentido de ignorância. É uma burrice, de faltar discernimento. E só depois que acaba, a gente pensa: "Nossa! Como eu gostei dessa criatura por tanto tempo?".

Uma outra amiga namorou, por anos, um cara, com quem pretendia viajar ilegalmente para os Estados Unidos, trabalhar como faxineira e receber farinha e outros produtos (brasileiros) pelos Correios. Mas ainda bem que passou e os sonhos dela agora são outros.

Posso dizer também que o amor é bobo. E ele tenta de toda forma agradar. Tenta se inteirar do gosto alheio e até finge que achou graça da piada mais sem-graça só pra chamar a atenção.

Por fim, eu também já me apaixonei. E enquanto estava apaixonado, fingia gostos, que na época não pareciam fingidos. Assisti a filmes que em outrora não assistiria. Já tomei ônibus com percursos totalmente diferentes do meu, somente pelo êxtase da companhia.

Hoje paro, penso se aquilo tudo era brega, burro ou bobo e sinceramente não sei. Rio muito lembrando de toda a situação e já rio de experiências que certamente virão.

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