domingo, 18 de julho de 2010

Respeito à Vida

Por Eliana D'Anunciação
Um assunto muito polêmico e delicado, no Brasil, é o aborto, que é a "expulsão espontânea ou provocada, do feto do ventre, antes que ele tenha condições de sobreviver fora do útero..." (BUENO,2004).
O aborto é considerado crime segundo os artigos 124 a 127 do Código Penal Brasileiro, que contém penas que vão de um a dez anos de prisão. Entretanto, o artigo 128, incisos I e II, abre exceções para os casos em que a gestação é resultado de violência sexual ou quando a mulher corre risco de morte por causa da gravidez; além destas, em casos de anencefalia - se for da vontade dos pais - eles podem conseguir uma liminar na justiça, para realizarem o aborto.
Há muitas opiniões distintas em relãção ao aborto. Algumas pessoas concordamcom sua plena legalização, inclusive, algumas ligadas a área mádica. Como exemplos, em Portugal, um grupo de médicosde várias especialidades formaram o Movimento Médicos Pela Escolha (MPE), na campanha pela despenalização do aborto,assumindo,assim, a posição a favor deste; também, a estudante brasileira de enfermagem, Camila Leal, da Universidade Jorge Amado, concorda com a legalizaçãodo aborto, com a argumentação de que irá contribuir para diminuir abortos clandestinos e, consequêntemente, a redução da morte de mulheres. Porém, muitas pessoas, ainda, discordam, principalmente, por crenças religiosas - como o espiritismo e o catolicismo -, afirmando que o aborto é um assassinato. Já outras, não etm opinião formada ou concordam com o aborto somente em alguns casos restritos.
Na minha opinião, o aborto não deve ser legalizado e o Código Penal Brasileiro deve ser mantido, pois, realmente, deve ser muito doloroso para uma mulher acompanhar o amadurecimento de um ser fruto de um ato brutal; também, não concordo que a vida materna seja posta em risco para salvar a do feto. Entretanto, sou totalmente contra os argumentos que levam a prática do aborto ilegal, como: o direito da mulher sobre o próprio corpo, as condições socioeconômicas para educar um filho, a gravidez indesejada etc. Pois estes casos podem ser resolvidos, facilmente, com a devida proteção no ato sexual.
Antigamente, quando nem todos os individuos tinham acesso aos meios de comunicação, não tinham como conhecer os métodos contraceptivos, o aborto era admissível, pois sem conhecimento, a pessoa é ignota e não sabe como es preservar. Mas hoje, com tantos métodos contraceptivos existentes disponíveis para qualquer pessoa em postos de saúde espalhados pelo país, alguns casais, ainda, se arriscam a terem relações sexuais sem a devida proteção, podendo engravidar e, possivelmente, contrair uma DST. Além disso, com tantas tecnologia com a qual convivemos, até nos lugares mais remotos, é possivel termos acesso às informações. Assim, ignorância não é uma justificativa plausível.
Segundo uma matéria realizada por um site médico com a Dr. Albertina Duarte Takuiti -ginecologista e obstreta no Hospital das Clinicas (SP) e professora na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (usp) -, ela diz que os principais riscos do aborto são:
"[...] No caso de curetagens, a paciente pode ter as paredes do útero coladas, o que chamamos de sinéquias. É como se o útero estivesse fechado impedindo a mestruação e a gravidez. Também há o risco de obstrução das trompas, que ficariam fechadas impedindo igualmente o processo da gravidez. Se esta curagem não for feita a tempo, a paciente pode necessitar de uma esterectomia, isto é, da retirada do útero para acabar com o foco da infeccção...".
No fórum realizado pela disciplina LET A- 09 (Oficina de Leitura e Produção de textos), na UFBA (Universidade Federal da Bahia), um dos grupos ficou responsável pela visão do aborto para o genêro masculino. Foi observado o quanto a obrigação do aborto recai somente para as mulheres; dos 43 homens entrevistados, a grande maioria afirma que a decisão de abortar cabe somente a mulher. Isso é um absurdo, pois, na hora de ter uma relação sexual, ambas as partes são responsáveis por suas atitudes; não cabe somente a um se prevenir e sim aos dois; a consequência deve ser respondida por ambas as partes, e não somente a mulher pelo faoto de que "o corpo é dela". O parceiro também, não deve contribuir para aceitação do aborto ilegal, pois ele, também, é responsável pelo feto qua a mulher carrega, devendo, assim, impor sua opinião sobre a mulher e dando-lhe apoio financeiro e, principalmente, apoio psicológico, para que juntos respondam pelos seus atos.
A interrupção do aborto é algo muito sério, pois exige uma análise sobre vários fatores, como: social, religioso, jurídico, moral, entre outros. Não sou a favor do aborto clandestino, pois estes podem ser, totalmente, evitados sem precisar recorrer ao aborto como uma "medida contraceptiva", pois, para isso, há os métodos mais eficazes, e que não comprometem a saúde física e psicológica da mulher. O aborto é um assassinato e não nos cabe negar o direito a vida. Um bom investimento para não se recorrer ao aborto é promover apoio aos pais carentes, através de política de combate aos males sociais, como desemprego, falta de acesso à educação e saúde etc. Os resultados não serão imediatos. Mas se houver a participação de cada um, em seu respectivo campo de ação, as soluções surgirão ao longo dos anos.

Um comentário:

  1. Galera, desculpa, tentei novamente colocar a citação que eu fiz da médica afastada do corpo do texto e ao lado direito da tela, mas não sei mecher direito no computador, não tenho muita habilidade, ainda, mas espero que gostem do contéudo. eu tentei utilizar os icones em cima da tela de postagem, mas quando visualizei a postagem saiu uma bagunça, preferir optar por somente justificar meu texto, para todos compeendam o contéudo.
    desculpa
    obrigada!

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