quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Filhos únicos. Problema ou solução?

Por Elaine Santana


Na atualidade, as famílias estão se diversificando cada vez mais, levando-se em consideração o teto salarial, opção sexual, quem comanda a familia nas ordens etc. Dentre todos esses fatores, há um que se destaca e vem fazendo a diferença considerando-se a geração dos anos 80 em diante. Este fator é muito comum e chama-se, podendo dizer dessa maneira, "filhos únicos".

Muitas famílias decidem entre si, ou por não possuirem outra escolha, terem apenas um filho, alegando o alto custo de educação e saúde, maternidade tardia, violência, além do grande problema na hora da disposição de tempo, principalmente quando ambos os pais possuem emprego. Porém, esses são apenas os lados positivos de toda esta questão, considerando-se a visão dos pais. Será que os filhos únicos, pela falta de companhia, não acabam por terem suas personalidades diferenciadas das crianças que possuem irmãos?

As crianças possuem uma extrema necessidade de atenção, o fato de serem filhos únicos poderá fazer com que se tornem egoístas ou introspectivos, gostem de exercer a tirania e reajam com desconcerto ou rebeldia. Estudos publicados na Revista Brasileira de Psiquiatria dizem que os filhos únicos não possuem uma diferença comportamental relevante se comparados aos que possuem irmãos; filhos únicos possuem notas escolares relativamente melhores; se envolvem menos com bebidas alcoólicas, mas, prefeririam que seus pais fossem mais flexiveis, e, em sua vida adulta, admitem que gostariam de ter tido irmãos.

Todos os pontos explícitos acima, provam que o comportamento de uma criança ou adolescente que não possui irmãos é relativamente "melhor", mas, em sua vida adulta, poderá esse fator trazer dificuldades?

O fato de não se ter irmãos implica nas atividades sociais das crianças, que, muitas vezes convive apenas com adultos, pais, avós, babá etc. modificando seu vocabulário, suas ações, e comportamento. Trazendo para a vida social adulta, a não inclusão social com pessoas da mesma idade, dentro de suas casas na infância pode trazer complicações.

As brigas que se pode notar entre irmãos na infância e adolescência tornam-se laços afetivos fortes, companheirismo e grande amizade na vida adulta das pessoas. Dentre todas as dificuldades enfrentadas pelos filhos únicos, acredita-se que a principal seja a maioria do tempo em solidão, assim, o espírito social tem de ser sempre praticado para que a mudança não venha trazer dificuldades futuras à criança.

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