quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Violência nas Grandes Cidades Brasileiras

Violência nas Grandes Cidades Brasileiras



O cotidiano das grandes cidades brasileiras é marcado por crimes como seqüestros roubos a bancos, residências,veículos etc. A população brasileira está sendo alvo desses tipos de crimes e outros que mostram o quanto a violência vem se tornando um problema grave em nosso país. O índice de violência vem crescendo pelo fato de nossos governantes não darem prioridade a educação do nosso país e por não punirem de forma correta os criminosos.

Valores sociais, culturais,econômicos, políticos e morais são fatores ligados ao aumento da violência urbana no Brasil. Crianças são encontradas em fase de aprendizagem trabalhando nas ruas , nas sinaleiras; muitas delas não tiveram nem um contato com escola, vivem na periferia próximo aos marginais, as drogas,etc. a tendência é que elas venham a ser influenciadas por pelo meio que estão expostas e que a maioria mais tarde, se tornem criminosos.

Em São Paulo os crimes que mais desafiam a policia são os arrastões em condomínios e prédios e seqüestros relâmpago. No Rio de Janeiro a criminalidade está diretamente relacionada ao tráfico de drogas; traficantes são donos de áreas situadas nas grandes favelas; segundo a Revista Plenitude( Setembro 2007 ) uma pesquisa feita pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro mostrou que houve um aumento de 2,3% dos crime relacionados ao trafico de drogas em relação ao ano passado, parece pouco a porcentagem mas se considerarmos que o índice está elevado em vez de decair vem aumentando. Outros fatores também foram destacados na pesquisa como o aumento de roubos e furtos de veículos em 5,7% , roubos a coletivos aumento de 98,9%, destaque para esse elevado índice de roubos a coletivos que acontece principalmente em áreas periféricas onde o tráfico de drogas domina.Segundo revista Veja ( Setembro, 2008 ) para enfrentar o crime,o país precisa aprender a punir. No Brasil prende-se pouco e as penas são mal aplicada. Assassinos confessos cumprem apenas um terço das condenações que recebem e voltam para as ruas, o Estado não controla o interior dos presídios permitindo que eles se tornem escritórios do crime. Em Salvador, frequentemente, mulheres são assaltadas em plena a luz do dia por crianças que se envolvem no mundo da criminalidade.O curioso é que as autoridades têm o conhecimento dessas ocorrências e não tomam medidas precavias. Recentemente uma jovem foi vítima desses pequenos infratores que a abordaram nas ruas do Pelourinho em Salvador, e roubaram seus pertences dizendo que se ela não tivesse dinheiro ou algo de valor para lhe entregarem lhe tiraria a vida .

Isso é um absurdo precisamos chamar a atenção das autoridades para que possam tirar essas pessoas das ruas e colocarem nas escolas, mas não apenas coloca-las e sim dar toda uma condição de manter-las no colégio. Verdadeiramente somos expostos a cada dia a sermos alvos da violência sairmos para trabalhar estudar, passear já preocupados se voltaremos para casa , precisamos mudar esse quadro lutar pelo valor de nossas vidas. Um exemplo da falta de impunidade por parte das autoridades aconteceu esse ano em Salvador onde um perigoso criminoso foi solto para comemorar o dia dos pais, ele aproveitou a oportunidade para cometer um crime bárbaro que foi o assassinato de uma médica que saia de um estacionamento de um shopping da cidade. O país precisa se alertar para amenizar esse tipo de problema , Diógenes Dantas Filho especialista em segurança autor dos livro Segurança Pessoal e Segurança e Planejamento diz que “ a segurança total é utópica”, mas medidas preventivas podem reduzir o risco de violência em 90 % , o que precisamos fazer é cobrar do Governo um maior investimentos em projetos educativos que conscientizar os jovens sobre assuntos como drogas e violência e aplicação das penas para os infratores precisam serem revisadas ,assim, como os presídios precisam de mudanças para que não sejam formadores de mentes criminosas.







Ricardo Lima

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

PROSTITUIÇÃO-A VIDA OU A RISCA

Cada minutos,há muitas pessoas que caem na prostituição,mas o que é prostituição?A prostituição pode se definir como a troca consciente de favores sexuais por interesses não sentimentais, afetivos ou prazer. Apesar de comumente a prostituição consistir numa relação de troca entre sexo e dinheiro. Pode-se trocar relações sexuais por favorecimento profissional, por bens materiais inclusivo o dinheiro, por informação,assim por diante.


A prostituição é praticada por mulheres, homens,e mesmo infantil

A sensibilidade sobre o que se considera prostituição pode variar dependendo da sociedade, das circunstâncias onde se dá e da moral aplicável no meio em questão.

A prostituição é reprovada em diversas sociedades, devido a ser contra a moral dominante, à possível disseminação de doenças sexualmente transmissíveis (DST) , por causa de adultério, e pelo impacto negativo que poderá ter nas estruturas familiares embora os clientes possam ser ou não casados.

No mundo moderno, a prostituição conhecida do passado, isto é aquela que está abertamente sendo apresentada à sociedade como uma classe à parte, dentro do processo de discriminação e indiferença, quase já não existe, devido ao surgimento de uma abertura que a disfarçou e encobriu os seus efeitos. Pois, alguns pais deixaram as suas filhas quando se tornam mulheres, e não têm o respectivo parceiro que assuma o seu novo estágio de vida, em nome da moral, da liberdade e do progresso que a juventude desinformada tanto prega em seu dia a dia. A índole de um povo não se dá pelo processo libertário de uma vida sexual ativa, quando a consciência não está construída para assumir o desgaste diante de uma vulgaridade incomum, e que não é sinônimo de desenvolvimento, nem tão pouco da cultura.

Então a questão, porque a prostituição?As pessoas caem na prostituição por causas diferente. Há pessoas que no infantil foi abusada e por causa disso não podem controlar a sua vontade por relacionamentos sexuais. No mesmo jeito,há pessoas que caem por causa de sofrimento,pobremente e a vontade por uma boa vida.E há pessoas que fazem isso por satisfeito.

Posso perguntar quais são as repercussões de prostituição?As repercussão de repercussão são as pessoas que caem em drogas, filhos sem pais e vidas boas, o acrescimento no nível de abortos, pois os acredicimentos no nível de pessoas que vai morrer

Pois, como acabou ou diminui a prostituição, Para acabar ou diminui com a prostituição, primeiramente, tem que ter um direito que vai acabar com as pessoas que usar as infantil por prostituição e uma escola para educar os vítimas.

Também, o governador tem que passar uma regra que vai assistir todas as famílias e pessoas para ter mesmo uma comida no dia.

Mas ter que há as organizações que vão fazer campanhas contra prostituição e as pessoas individuais que vão ajudar mesmo.

Se isso aconteceu, acho que não vai ter muitas pessoas que caem na prostituição.

Cotas: reparação?

O sistema de Cotas prevê a reserva de vagas para estudantes auto-declarados negros e provenientes de escolas públicas. A justificativa é que o processo histórico depreciativo ao qual os negros foram sujeitos gerou uma maior dificuldade no acesso à Universidade, o que causaria uma desigualdade social, já que os afro-descendentes não teriam as mesmas qualificações necessárias para concorrer às oportunidades profissionais.
A desigualdade racial é um fato em nossa sociedade, mas não é atacando as conseqüências que vamos resolver o problema. É obvio que algo tem que ser feito, mas, se os negros não têm uma maior inserção no âmbito acadêmico, é porque não têm uma educação de base adequada. A ausência de uma maior diversidade racial e cultural na Universidade é uma questão educacional e não discriminatória. Ao estabelecer esta política de cotas, o governo exime-se da reforma - que se faz urgente - na Educação. “O principal caminho para o combate à exclusão social é a construção de serviços públicos universais de qualidade nos setores de educação”, é o que afirma o manifesto contra as cotas elaborado por representantes de diversas áreas do conhecimento (incluindo membros de movimentos negros contrários aos sistema de cotas) e entregue ao Senado.
Alguns não percebem que esse sistema torna a disparidade ainda maior, pois, apesar de diminuir a diferença numérica entre brancos e negros, com o nível superior completo, aumenta a discrepância da qualidade dos profissionais que saem dessas Universidades, que já não era, em alguns casos, satisfatória. Entram alunos com déficits graves nas suas formações de base, que, em muitas das vezes, não conseguem superar, a contento, suas dificuldades. Outro ponto a ser levantado é que as políticas de cotas, na tentativa de reparar um erro histórico, cometem um novo, pois “cada vez que se classificam as pessoas por raças estabelece-se uma divisão que parece natural, biológica, mas que na verdade não é. Cria-se um corte artificial na sociedade”, afirma a antropóloga da USP, Eunice Ribeiro Durham. É “a formalização jurídica da distinção racial (que não sabemos de que modos podem vir a ser usada).”, reitera a Dra Silvia Pimenta Velloso Rocha, Professora de Direito da UERJ, e conclui “é a predominância do critério racial sobre o critério sócio-econômico. Pois em outros espaços sociais, como o mercado de trabalho, o preconceito racial, é sem dúvida, um elemento ativo, mas no vestibular as provas são anônimas e os examinadores não sabem a cor ou o fenótipo do candidato. A dificuldade de acesso dos negros e pardos à universidade decorre, portanto, não de suas características físicas, mas de sua origem sócio-econômica”. Não podemos perder de vista que existem, e não são poucos, “brancos” que também não têm acesso a uma educação de qualidade e que, por conseqüência, vêem-se impedidos adentrar em espaços acadêmicos. Seria mais sensato, já que esse processo mostra-se, cada vez mais, irreversível, o estabelecimento de cotas sociais ao invés de raciais. A Professora Dra Silvia pimenta chama ainda à atenção para uma situação que tem se delineando nos últimos tempos dentro das faculdades: “alunos negros dos cursos mais disputados (como direito e medicina), passaram a ser vistos de forma paternalista ou desconfiada, suspeitos de não terem tanto mérito quanto os demais (risco que pode se estender para o aluno já formado); em função disso, muitos alunos negros ou pardos fazem questão de deixar claro que "não entraram pelas cotas", pretendendo assim afirmar seu mérito e reforçando desse modo a idéia de que os cotistas são menos capazes. A discriminação, nesse caso, passa a ser entre cotistas e não cotistas.”. Assim, aqueles que antes conquistavam, a custa de muito trabalho, o seu lugar no tão concorrido espaço acadêmico tem, agora, as suas credencias meritocráticas postas em dúvida. E, a tendência, é que isso extrapole os limites das universidades para o mercado de trabalho.
O que se pode concluir disso tudo é que, ao tentar fazer uma reparação – que deve ser feita –, o Governo coloca estudantes de níveis distintos (sim, distintos, pois, se assim não fosse, as cotas seriam desnecessárias, para aqueles que acreditam em sua necessidade e eficácia), em um mesmo contexto competitivo, e ainda tira daqueles poucos que conseguiam entrar na universidade o seu mérito. A diferença, no entanto, é que não há cotas no mercado de trabalho. Ops! Problema resolvido, já há um projeto de lei com vistas a resolver essa questão. O projeto impõe que 20% do quadro de funcionários sejam preenchidas pelos afro-descendentes. Uma emenda atrás da outra. Isso vai longe...

Alan Nunes Machado Júnior

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A arrogância da ciência: o cúmulo da mediocridade

 Por Saryne Rhayane

 O termo “ciência” vem do latim “scientia” e corresponde a um conhecimento geral, sem especialização ou método próprio. Entretanto não é de tal forma que se define a ciência atualmente. Esta aparece como importante meio de desenvolvimento das sociedades e manutenção da vida, apresentando o que, em alguns momentos, se julga uma verdade absoluta, ainda que sua moderna concepção, a construtivista, afirme que as leis e verdades científicas estão em processo de transformação. Fato que representa um passo na quebra da visão autoritária da ciência.

A ciência contribuiu e tem contribuído para que o ser humano compreenda o funcionamento do meio em que foi inserido e como foi inserido (apesar de ainda não haver uma resposta amplamente aceita para tal questão), derrubando alguns conceitos os quais julgou isentos de racionalidade. Entretanto sua contribuição é igualmente visível no campo da dominação política, quando povos são condicionados a subordinação diante da ciência. Um exemplo disso são os remédios testados nos africanos, que servem de cobaia para a ciência, como afima Paula Oliveto; os países estrangeiros utilizam a África como centro de pesquisa, sem comitês éticos reguladores, a desculpa do cientistas é a falta de remédio nestas áreas para tratamentos das doenças. Dessa forma, assumem uma postura antiética. Exatamente como no passado quando a ciência definiu-se como conhecimento que apresenta métodos próprios, o método científico; as teorias deveriam ser comprovadas através da experiência ou da razão. Foi tal definição que levou os pensadores europeus a subjugarem como intelectualmente inferiores, os povos não-europeus, por estes não terem desenvolvido a ciência tal como eles, como afirma o professor Walter Praxedes da Universidade Estadual de Maringá, em seu texto “Por uma nova ciência”. Outra contribuição da ciência é na degradação do meio ambiente, por exigência talvez do sistema vigente, o capitalismo.

Na tentativa de derrubar conceitos vindos de conhecimentos denominados senso comum, a ciência acabou por criar uma aversão ao que algumas culturas concebem como verdade pelo simples fato de não haver uma explicação lógica e racional como a científica. Ou seja, por estas não seguirem o método científico que julga-se o único meio correto de compreender o mundo, por que suas explicações não admitem a fé.

Tal como o Construtivismo afirma, a ciência é mutável; a teorias tidas como verdadeiras, atualmente, podem num futuro não muito distante ser comprovadas como falsas. Um exemplo disso foi o racismo científico, que no passado justificava a supremacia caucasiana através da hipótese ambiental e dos estudos da craniometria (séc. XVIII) e antropometria no século XIX, em que se comparava crânios, e outra partes do corpo humano das diferentes raças estabelecidas, (tendo experimentos forjados para confirmar a supremacia da "raça" branca). Teorias que foram combatidas pelo desenvolvimento da genética, que ainda mostram-se fixadas no senso comum. Fato que demonstra a importância que a ciência tem sobre este.

Portanto a ciência e a racionalidade desta falham, assim como o senso comum e os princípios baseados nos costumes deste.

A ciência tem sua importância, apesar de se contradizer e discriminar outras formas de conhecimento. Foi importante na descoberta de água na lua, apesar de ainda não existir vacina para a gripe comum. Assim, avança a ciência em benefício próprio, legitimado por seu método único. Entretanto até quando o método científico será capaz de fornecer inquestionavelmente explicações a tudo?

O IMPACTO DA DITADURA DA BELEZA NAS ADOLESCENTES

Por Camila M. Correia

Hoje, através da diversidade de tratamentos estéticos de fácil acesso e de uma tecnologia avançada, ficou relativamente simples alcançar o tão sonhado “corpo perfeito”. Pelo menos, é o que a maioria das revistas de dieta e saúde nos ensina. Vemos, nas revistas, modelos de corpos enxutos, sem nenhuma gordura aparente, plastificadas.


Estamos submetidas, todo tempo, a essa ditadura, que nos faz querer ter a boca da Angelina, o cabelo da Gisele, os olhos da Aline... que monstro iremos criar? Temos que lembrar das nossas particularidades, estas, que nos fazem um ser único, original.


A psicóloga Rachel Moreno (2008), autora de um livro sobre beleza, acredita que esse ideal cria desejo de perfeição introjetado e imperativo. Para as adolescentes, essa obrigação de ser como todas as outras cria ansiedade, inadequação e baixa estima [sic] – sendo os mais complexos a anorexia e a bulimia. A busca da silhueta perfeita faz com que 5% das mulheres no mundo sofram com essas doenças, que é tida pelos cientistas como típica de cidade grande, sendo o ambiente urbano um fator potencial de risco.


A anorexia, além de alterações metabólicas, gastrointestinais, cardiovasculares e neuroendócrinas, outros transtornos mentais podem estar associados à anorexia, como depressão e características obsessivo-compulsivas. Enquanto a bulimia traz as alterações cardiovasculares, gastrointestinais, metabólicas associadas a transtornos de humor e de ansiedade. Pode haver também desgaste do esmalte dentário e hipertrofia das glândulas salivares.


As adolescentes estão sendo muito afetadas com essa ditadura agressiva. Comunidades na internet fazem apologia a anorexia e a bulimia. Em um instante, você adquire dicas de como forçar o vômito e até de como enganar os seus pais. Essas meninas estão sendo persuadidas pela mídia, que “reforça essa beleza de plástico”. A partir disso estão caminhando para um padrão ideal de beleza, que por mais longe de sua realidade, elas tentam buscar.

Esses fatos já estão servindo de modelo para a mídia, que tenta agora desfazer o mal feito. Com propagandas de incentivo a viver a sua beleza, colocando cada vez mais atores com sobrepeso e/ou obesidade em telenovelas que têm como público alvo adolescentes, como é o caso da “Malhação” exibida na Rede Globo.


Estamos, talvez, entrando numa nova fase, a de aceitação de um “eu” singular, que não pode remeter a outras pessoas. Vemos negros adotando visual Black, “gordinhas” aceitando a sua forma e se tornam cada vez mais sexys, comprovando assim a não estabilidade dos padrões de beleza, que mudam através do tempo.


A aparência não pode passar a ser mais importante. Temos uma gama de coisas que nos constroem, que nos tornam especiais, isso tem que ser valorizado sempre.

consumir para ser feliz

Universidade Federal da Bahia

Aluna: Adriana kely de S.Silva

Professora: Aurelina Ariadne D Almeida





(Artigo de opinião)



Consumir para ser feliz






Períodos de festa se aproximando e, logo começa o apelo da mídia ao consumo de senfreado. E, ñ apenas em datas especiais, mas também na nossa rotina diária somos levados a consumir mais para então, supostamente, sermos mais felizes.

O fato é que, a relação consumo X felicidade não passa de uma ilusão alimentada pela publicidade.

Pesquisas da University College Condon, na Inglaterra, divulgaram um estudo em que se confirmou que 50 pessoas participantes de uma série de palavras em um computador foram capazes de registra mensagens suldiminares, ou seja, um tipo de propaganda ou mensagem que não pode ser percebida pelo nosso consuente, mas que fica marcada em alguma forma no inconsciente. A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que essas mensagens são umas ameaças aos direitos humanos.

Alem disso, devem-se destacar os “compradores mirins”, que são sempre um alvo fácil. A partir de dados do (IBGE), constatou-se que as crianças brasileiras são as que mais assistem televisão no mundo e, me contraposição. O Brasil é um dos paises com leis mais brandas para a publicidade infantil.

Em suma, a felicidade não deve estar condicionada ao ato de consumo, mas atitudes simples como ajudar ao próximo, podem traze prazer e satisfação bem como, contribuir para construção de uma sociedade mais humana e justa.

Perdoar para ser Feliz

Por: Isabella Xavier

Perdão significa remissão de pena, do grego é mudança de um estado para outro, é algo que é dado, algo que não se compra, nem que se merece, é recebido de graça. O perdão é relacional, pressupõe sempre uma relação. Qual do ser humano em suas relações que nunca se deparou com uma situação de ofensa, mágoa? E que foi colocado em uma escolha entre o ressentimento e o perdão? O Homem se vê diante de situações no mundo moderno em que o seu interior é colocado muitas vezes em um fogo cruzado de ódios, incompreensões, desamor, indiferenças, e qual tem sido o caminho trilhado por ele para manter-se bem consigo e com os outros? Muitos hoje guardam ressentimentos e mágoas de acontecimentos passados que os mantêm cativos até o presente, quem não perdoa é prisioneiro do seu passado e perdeu e capacidade de viver no presente, a pessoa encara o presente com os olhos do passado, a amargura do passado flui nos relacionamentos presentes. O problema não é o incidente do momento, mas o coração amargo traz o passado sempre para o presente dentro de si e que compromete os relacionamentos presentes. Por ser remissão de pena, a falta de perdão implica em sofrimentos e prisões internas, é como que a pessoa quisesse amar e não conseguisse. Estas mágoas são como espinhos que entram nas emoções e machuca-os, permanece ali enquanto não for retirado pelo perdão. Fred Luskin, psicólogo da Universidade de Stanford na Califórnia diz: “Perdoar é ter paz na vida, mesmo quando as pessoas te magoam e as coisas não acontecem do jeito que você quer.” Ele comprova que a falta de perdão pode causar uma série de doenças psicossomáticas como problemas cardiovasculares, problemas no sistema imunológico, riscos de derrame e de câncer. Existem pessoas que carregam mágoas de anos passados por muito tempo, mágoas familiares, dos pais, pessoas próximas, e a conseqüência disso é a tristeza, a dificuldade afetiva nos relacionamentos, dificuldade em amar, doenças diversas, inclusivas as do medo, da solidão e sensação de vazio. Por quanto tempo levar isso?
O perdão não envolve só alguém, mas também a si mesmo, tem muitos que não se perdoam, não ama a si próprio, não se aceitam, precisam se reconciliar consigo, com sua história e olhar para as belezas existentes dentro de si, pois cada um tem características únicas que conhecidas e colocadas a serviço servem para a construção de um mundo melhor.
O perdão é uma decisão da vontade e não um desejo das emoções, é um tratamento a longo prazo, é uma escolha pelo amor, pois exige esforço, luta, dói, incomoda, mas são atos que destrancam as portas dos quartos bonitos, mas escuros e desconhecidos do interior, liberta de toda prisão do coração, torna a pessoa mais leve e livre para o amor, passa a possuir-se.
Não vale a pena perder tempo na vida guardando mágoas, deixando passar oportunidade de ser e fazer os outros felizes, o primeiro passo é reconhecer-se também merecedor de perdão e alguém com limites e defeitos para poder olhar o outro além das aparências e poder compreender, pois muitos que ofendem, odeiam ou machucam com atos é porque nunca conheceram as realidades contrárias ou não as receberam de ninguém.
Cristo, o maior autor do perdão fala: “Quem não houver pecado, que atire a primeira pedra.” (João 8:7) e como diz na oração do Pai- Nosso “... e perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós temos perdoado aos nossos ofensores" (Mateus 6,12).
Os que não optam pelo perdão se destinam a uma vida vazia, estéril e infeliz. Vive dando voltas sem chegar a lugar algum. A necessidade de paz e felicidade é urgente, é mais forte que dá o primeiro passo. E você não tem pressa de ser feliz?

Raízes da Violência

Por: Iris Fortunato

A violência nos grandes centros urbanos brasileiros é provocada principalmente pela desigualdade social, que por sua vez baseia-se em um modelo de sociedade excludente onde poucos têm acesso a educação, saúde e alimentação de qualidade e a maioria da população vive marginalizada em situação de miséria.

Combater a violência urbana com um contingente policial cada vez maior é de pouco resultado na realidade atual dos grandes centros brasileiros. A repressão policial ao crime em uma sociedade tão desigual tende a ser permeada por corrupção e violência, pois policiais mal remunerados e amedrontados tendem a se corromper facilmente na convivência direta com o crime e o dinheiro ilícito. Esses policiais também são vitimas do mau social que uma sociedade excludente tende a causar.

O câncer social causado pela desigualdade só pode ser tratado se o remédio incidir em sua causa. Tratar os sintomas, como a violência é simplesmente paliativo. A sociedade precisa entender que dividir riqueza é a única forma de atacar a desigualdade e resolver de vez o problema da violência. Esconder a obvia solução do problema é uma estratégia dos que têm capital e poder para iludir a grande massa, mascarar o problema e focar nos sintomas e jamais dividir o que tem.
A diminuição da violência no Brasil está diretamente ligada à construção de uma sociedade mais justa, onde o estado trata a igualdade social como prioridade e estabelece políticas claras nessa direção. A descontaminação da maquina acostumada a defender a manutenção de privilégios deveria ser a preocupação número um de uma população realmente empenhada em melhorar a realidade da violência urbana no Brasil.

Os maiores criminosos do nosso país não são os traficantes responsáveis pelo crime organizado e sim a quadrilha de senadores e deputados eleitos para defender interesses de uma minoria que patrocina suas campanhas e os seus próprios e não dos seus eleitores. Esses assassinos matam muito mais com suas canetas que assinam leis e acordos que aumentam a desigualdade do que qualquer traficante com somente seis balas no tambor do seu revolver.
Só haverá paz com justiça social.

Diversidade Sexual

Por: Marla Pereira


Em nossa sociedade, há uma grande diversidade de gostos e opções, algumas pessoas optam por gostar de pessoas do mesmo sexo ao invés do sexo oposto, o que é julgado como “normal” por maioria da população, porém o índice de homossexuais tem aumentado cada vez mais, principalmente no gênero masculino e esta “escolha” tem se iniciado muito cedo, aliás, será mesmo uma escolha? Ou seria moda, influência? Ou até a genética?


Hoje em dia, podemos avistar em qualquer lugar alguém que seja ou ao menos pareça ser homossexual. Algumas pessoas agem com preconceito, principalmente os homens que acham que ter amigos homossexuais fazem com que eles também sejam, algo difícil de compreender é o fato de algumas pessoas que são heterossexuais e não tem preconceito contra homossexuais, se deixam influenciar pela opinião alheia, pois estes heteros tem receio de manter uma amizade com um homossexual, devido ao preconceito das pessoas que vão pensar que elas também são homossexuais. Isso deveria acabar, pois é uma outra forma de preconceito sendo este muito contraditório, pois em meio a tantas campanhas contra a homofobia, o fato de você manter uma amizade com homossexuais não faz com que você também seja um.


Alguns adolescentes têm levado a opção sexual como brincadeira, em 2005, por exemplo, várias pessoas alegavam ter virado bissexuais, devido ao estilo conhecido como emo, onde grande parte dos adeptos ao estilo eram bissexuais, não generalizando, mas realmente a maioria ficava com pessoas do sexo feminino e masculino, atualmente, depois que a febre do estilo se amenizou várias pessoas que antes diziam ser bissexuais, voltaram a ser heteros o que prova que não se passou de moda ou simples influência de amigos.
Algumas pessoas acham que isso é genético. Um exemplo que pode ser citado é o que algumas pessoas dizem ao ver meninas que têm uma aparência masculina ou homens que têm aparência feminina falando a seguinte frase “oh, este não tinha nem pra onde correr, não tinha como não ser gay, já nasceu assim” e pessoas que não tem nenhuma característica e são homossexuais ouvimos: “oh tal pessoa é toda direitinha, não tinha necessidade disso!”


Isso é uma prova de que as aparências enganam, pois uma pessoa completamente feminina pode ser lésbica e um homem que não aparente ser gay, pode também ser.
Em uma matéria publicada no Correio da Bahia (2003), segundo Sônia Vicente, psicanalista, embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenha retirado o homossexualismo da lista de doenças, a partir do momento em que a comunidade científica afirma que a escolha de um indivíduo sobre se prefere se relacionar com homens ou mulheres tem causas genéticas, abre o pressuposto para que a "falha" nos genes seja corrigida. "Quando as pessoas nascem, elas são sujeitos indeterminados.
É frente à relação que cada indivíduo vai manter com o falo que se dá a escolha. A partir daí, esse ser inicialmente indeterminado, vai se fazer masculino ou feminino", explica. O receio dos psicanalistas é que, a partir do momento que a ciência passe a enxergar a homossexualidade como algo determinado pela genética, reforce o preconceito em torno da opção sexual dos indivíduos. "Será que uma coisa determinada geneticamente e que não satisfaça a norma convencionada na sociedade não poderá ser "corrigida"?, questiona a especialista.


Portanto, a opção sexual não se é completamente pré-determinada pela genética, algumas meninas realmente desenvolvem mais o lado masculino do que o feminino e se atraem por mulheres e vice-versa. A opção sexual é influenciada por terceiros, mas acima de tudo todos nós somos livres para assumir as nossas preferências. Preconceito é algo fútil, seja contra opção sexual, raça, condição social e etc. De que importa tudo isso? Todos nós somos diferentes, mas temos os direitos iguais. E no final todos temos o mesmo destino, não sendo separados os gays dos heteros, pobres de ricos nem negros dos brancos, contudo, viva as diversidades. Afinal, se todos fossem iguais à vida seria uma monotonia.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Filhos únicos. Problema ou solução?

Por Elaine Santana


Na atualidade, as famílias estão se diversificando cada vez mais, levando-se em consideração o teto salarial, opção sexual, quem comanda a familia nas ordens etc. Dentre todos esses fatores, há um que se destaca e vem fazendo a diferença considerando-se a geração dos anos 80 em diante. Este fator é muito comum e chama-se, podendo dizer dessa maneira, "filhos únicos".

Muitas famílias decidem entre si, ou por não possuirem outra escolha, terem apenas um filho, alegando o alto custo de educação e saúde, maternidade tardia, violência, além do grande problema na hora da disposição de tempo, principalmente quando ambos os pais possuem emprego. Porém, esses são apenas os lados positivos de toda esta questão, considerando-se a visão dos pais. Será que os filhos únicos, pela falta de companhia, não acabam por terem suas personalidades diferenciadas das crianças que possuem irmãos?

As crianças possuem uma extrema necessidade de atenção, o fato de serem filhos únicos poderá fazer com que se tornem egoístas ou introspectivos, gostem de exercer a tirania e reajam com desconcerto ou rebeldia. Estudos publicados na Revista Brasileira de Psiquiatria dizem que os filhos únicos não possuem uma diferença comportamental relevante se comparados aos que possuem irmãos; filhos únicos possuem notas escolares relativamente melhores; se envolvem menos com bebidas alcoólicas, mas, prefeririam que seus pais fossem mais flexiveis, e, em sua vida adulta, admitem que gostariam de ter tido irmãos.

Todos os pontos explícitos acima, provam que o comportamento de uma criança ou adolescente que não possui irmãos é relativamente "melhor", mas, em sua vida adulta, poderá esse fator trazer dificuldades?

O fato de não se ter irmãos implica nas atividades sociais das crianças, que, muitas vezes convive apenas com adultos, pais, avós, babá etc. modificando seu vocabulário, suas ações, e comportamento. Trazendo para a vida social adulta, a não inclusão social com pessoas da mesma idade, dentro de suas casas na infância pode trazer complicações.

As brigas que se pode notar entre irmãos na infância e adolescência tornam-se laços afetivos fortes, companheirismo e grande amizade na vida adulta das pessoas. Dentre todas as dificuldades enfrentadas pelos filhos únicos, acredita-se que a principal seja a maioria do tempo em solidão, assim, o espírito social tem de ser sempre praticado para que a mudança não venha trazer dificuldades futuras à criança.

A mulher de ontem é a mulher de hoje

Por Bruno de Almeida


Meninas, garotas, mulheres, desde muito tempo, são depreciadas tanto no tocante às suas capacidades, quanto em seus aspectos físicos. Uma questão histórica, enquadrada no Feudalismo, denota bastante tal desrespeito. Inicialmente, naquela época, a sociedade era caracterizada como patriarcal, ou seja, baseada em sobrepor a mulher e retirar dela todo o direito que os homens possuíam, conferindo à população feminina uma inferioridade. Como exemplificação, adotamos a Prima-Núpcia, uma prática comum na época do Feudalismo em que a mulher, depois de casada, teria que passar a primeira noite com o suserano do vassalo. Ademais, o direito sexual não era garantido, haja vista que a mulher tinha de ficar estática durante a relação sexual, pois caso esta se movesse, era dita como meretriz. Pois bem, o homem agia na sociedade com base em leis Consuetudinárias; leis essas que eram apenas faladas, não eram escritas, muito menos registradas, denotando um caráter rudimentar na legislação. Desse pressuposto, nota-se que a sociedade não era sistematizada como hoje, mais notadamente pelo fato de que o poder geral era descentralizado, mas o indivíduo social criou os Três Poderes Políticos, a Constituição e as Assembléias, o que representa um salto, principalmente, nas áreas política e jurídica. Entretanto, a aceitação do outro ficou para trás; é até cabível para uma sociedade que não tinha leis devidamente organizadas possuir uma sociedade preconizadora, mas, depois de todo esse progresso, a ideia patriarcal manteve-se imutável. O avanço no bojo político-social fora substancial, mas o valor para com o conjunto feminino estagnou-se, parou no tempo, em partes. Ora, em certa medida porque as mulheres conquistaram, por exemplo, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06) e um dia que homenageia sua existência – dia esse que fora conquistado diligentemente, diga-se de passagem. Mas essa vitória mostra-se ilusória, conforme fora apresentado, inicialmente, numa notícia no A TARDE Online: ‘‘Lei Maria da Penha não muda o panorama de impunidade’’, e ainda reforçando que: ‘‘Os números confirmam o que a sociedade já sabe há muito tempo sobre a violência doméstica: a cada 15 segundos uma mulher brasileira é espancada pelo parceiro, segundo levantamento da Fundação Perseu Abramo’’. Novamente, o desrespeito para com a mulher é percebido, embora tenha uma lei que a proteja.


Não obstante, o valor da população feminina tem sofrido uma baixa por fatores ultrapassados, como o machismo. É duro encarar tal quadro desalentador em pleno século XXI; época em que a mente humana deveria estar atenta ao mundo, tanto em suas questões humanitárias, quanto ambientais. Embora a parcela feminina esteja ganhando, aos poucos, seu espaço nas esferas sociais, o objetivo almejado se encontra barrado por questões de não aceitação e de segregação, o que dificulta conferir uma singularidade entre homens e mulheres. A mídia, por exemplo, a qual detém um dos maiores poderios comunicativos, veicula a figura da mulher quase sempre associada ao degradado, relativizando-as a um contexto desfavorável onde, muitas das vezes, é vista como objeto sexual e vilã, no caso de programas televisivos; quase nunca a mulher é associada como insigne.


Além do mais, pode-se abrir mais uma problemática: a mulher negra na sociedade. Esta, por sua vez, encontra-se atrelada no âmbito do preconceito, o que reflete no engrandecimento no número de mulheres desempregadas. De acordo com o relatório feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), analisando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006 e atualizados em 2008: ‘‘A porcentagem de desemprego entre homens brancos chega a 12,6%, quase a metade da observada entre mulheres negras (24,7%)’’. Tal citação denota e suscita mais ainda o que fora argumentado anteriormente, refletindo, de fato, a situação por que passa mulher negra, no país. Uma situação completamente adversa à fundamental importância do ser feminino. Além do mais, não é difícil perceber que a mulher sofre em várias etapas da vida e, como citação, podemos explicitar a questão do nascimento, pois a partir do momento que uma mulher gera um novo ser, a mesma sente uma dor nunca experimentada pelo homem, dor esta que é suportada para a geração de uma vida. Tal fato serve de motivo suficiente para que a mulher tenha seu espaço no meio, sendo vista como pertencente ao meio social e que carece de melhores condições. Com efeito, o respeito para com a mulher representaria um passo saliente a fim de atingir uma sociedade igualitária entre os sexos.

Modificações climáticas: qual o futuro da humanidade?

Por Laurete Guimarães

O planeta Terra vem sofrendo ao longo de séculos de degradação modificações profundas em seu clima. Alterações que tomaram impulso a partir do século XIX com o advento da Industrialização. O desenvolvimento de diversos segmentos asseguraram a Humanidade um nível de vida melhor, mais conforto, mais oportunidades de ampliação de conhecimentos, porém todo esse desenvolvimento teve e tem seu prêço.

As alterações climáticas afetam todo o globo terrestre e consequentemente todos os seres que nele habitam. Degradação da camara de Ozônio, aquecimento global, degêlo dos pólos Ártico e Antártico causando a elevação das águas dos oceanos, tempestades, ciclones, nevascas, sêcas, enchentes, chuvas torrenciais, tornados são alguns exemplos do crescente desequílibrio climático vivido pela Humanidade nos dois últimos séculos. Sem falar das ações do homem que colaboram com a desordem climática como: as queimadas, os desmatamentos, a queima e liberação de gases tóxicos na atmosfera, a ampliação desordenada das cidades modificando o habitat da flora e fauna do planeta. Em decorrência da exploração não sistemática dos recursos naturais como a água potável, esta está se esgotando em diversos cantos do planeta. Na África, por exemplo, além da falta de alimentos, saneamento, a água potável já vem se tornando um líquido precioso. Alguns animais silvestres já estão em vias de extinção por terem sido caçados indiscriminadamente e/ ou por seu habitat ter sido destruído ou estar sendo destruído, como as baleias, o panda, as araras-azuis, os ursos polares, os cangurus entre outros.

Esses são apenas alguns exemplos da destruição que atinge o planeta no momento atual. E como essas alterações globais interferem com a Humanidade? De que maneira o ser humano é atingido por todas essas modificações climáticas? O que a Humanidade tem feito para modificar essa situação? Até quando o planeta suportará? Até onde a Natureza conseguirá se refazer das agressões?

Rio 92, Tóquio 97, Copenhagem 2009 (COP 15) são algumas das grandes conferências e reuniões entre países desenvolvidos e simpatizantes aonde se questionam as emissões de gases tóxicos na atmosfera, sobre medidas paliativas para conter a devastação dos recursos naturais. Tratados, protocolos são propostos visando regular esses processos devastadores, mas quem haverá de implementá-los primeiro? Pois reduzir a emissão de gases é reduzir a produção industrial.

Questiona-se: até que ponto é válido gastarem-se milhões de dólares e euros em conferências e reuniões cujos resultados, se é que se chegam a algum, não serão implementados a curto, médio e longo prazos?
Como conscientizar as novas gerações da necessidade da valorização dos recursos naturais, quanto a urgência de se preservar o planeta, de se conservar sua flora e fauna, de se cuidar da própria Humanidade?
São diversas questões cujas respostas e ações são propostas por algumas Organizações Não-Governamentais (ONGs), por entidades de preservação do meio-ambiente e cuidados com algumas espécies em extinção, como a World Wild Foundation (WWF), o GREENPEACE, organizações mais radicais, mais moderadas, enfim grupos que de alguma maneira tentam diminuir a atuação do homem sobre o meio ambiente, mas essas ações são localizadas.

Como a Humanidade poderá agir para re-equilibrar ou deter as grandes alterações climáticas?  De que maneira se poderá reverter a degradação geral do planeta? Diante de tantas questões permanece o planeta em transformação com os níveis de emissão de gases crescendo cada vez mais causando o aquecimento global e o degêlo das calotas polares elevando o nível das águas dos oceanos consequentemente levando a inundações, tempestades, tornados, sêcas etc.

O planeta Terra está se modificando e a mentalidade da Humanidade muda também?

Ecoa mais uma pergunta: o que restará do planeta para as próximas gerações?... será que restará?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Opinião Sobre a Opinião

Opinião sobre a opinião.
Por Rafael Boaventura

Opiniões são coisa mais séria do que se imagina, afinal, vidas são influenciadas por opiniões, rumos de países inteiros são guiados pelas opiniões de seus habitantes, o mundo gira em torno do que o ser humano acha ou não acha.
A opinião, como dantes referido, é um dos mecanismos de interação social mais poderoso que existe, à depender de sua intensidade e direção, uma opinião pode fazer um político fervoroso ou um pobre favelado que se cala diante dos outros. Uma opinião é formada por um desejo misturado à uma informação, cabe a seu dono fazê-la ou não, dá-la ou não, de que modo, como?
Ela tem de ser mesurada com carinho, senão pode virar um mandamento, afinal, quem gosta de opinião forçada por outros? O escritor desse texto é que não é, pois se fosse, nem estaria aqui, escrevendo, estaria em algum lugar, trabalhando feito um condenado! Mas no final, se as opiniões são dadas, não são feitas para serem sempre seguidas, afinal, é uma opinião, não um mandato!
Mas quem pode dar opinião? Você é livre para opinar, muita gente sabe, mas muito poucas pessoas se lembram de que você tem que ser opinado também, meça suas palavras! Uma opinião que vai, pode ser um tapa que volta! Para bom opinador meia sentença basta, quem sabe até meia palavra! Um sim e um não são opiniões, na internet, um “s” e um “n” também!  Mas hoje em dia todo mundo quer dar opinião, até quem não tem opinião para dar, falando pra cima e pra baixo, querem apenas atenção para falar. Ora uma opinião deve ser uma opinião, ou seja, tem que estar dentro do contexto, afinal, ninguém quer opinião sobre política no meio de uma conversa sobre textos! Uma opinião deve ser polida, senão não é uma opinião, é um insulto. Uma opinião tem que valer a pena ser dita, pois pessoas cansam rápido demais, e ninguém quer mais do mesmo. Mas quem dirá, hoje em dia ter educação para dar uma opinião? Ou melhor, educação para receber uma opinião? Não dá para ser opinado sem pensar que o outro está errado, não dá para ser discordado sem pensar: “Puxa, que cara otário!”.
Mas não seria justo opinar sem ver outras opiniões! Do científico ao popular, a opinião é sagrada e deve ser ouvida, embora, nem sempre aceitada. Temos a opinião científica sobre a opinião, onde a opinião é, parafraseando o dicionário filosófico: “A opinião caracteriza um sentimento subjetivo que não está baseado num conhecimento científico das coisas. A opinião baseia-se simplesmente num sentimento vago que temos da realidade.” A Wikipédia fala algo parecido com a opinião sendo uma idéia confusa, uma oposição a um conhecimento verdadeiro. Outras opiniões dizem o contrário, opiniões, segundo alguns blogueiros são argumentos que devem ser provados e analisados, ou quem sabe apenas desejos de uma classe dominada, afinal, rico não tem opinião, rico tem certeza. Opiniões variam de todos os modos, existe a opinião popular, que é uma opinião geral de pessoas, mas que depende de quem pergunta, opinião também pode ser um jornal, um não, vários jornais! Uma opinião para cada estado! Imagine só. Também existem sites sobre opinião, onde várias opiniões se juntam como revoadas de aves, livros sobre opinião, que opinam que opinião ter para o leitor opinar na opinião do dia a dia (e ainda topicalizado!) Opiniões sobre política, culinária e até futebol!). Quem quer uma opinião acha, quem quer opinar, opina. Seja escrevendo na internet, seja escrevendo em banheiros, seja falando alto com a vizinha.
No final das contas, minha opinião é de que, antes de dar opinião, opine a você mesmo, pois muita gente perdeu a noção e acha que opinião é obrigada a ser aceita.
Espere um pouco...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Saga Crepúsculo: influência exercida nos jovens

As produções cinematográficas contemporâneas assumem gradativamente o papel de termômetro da geração. Apesar disso, os investimentos em películas voltadas ao publico jovem não é um artifício novo. Desde “Guerra nas Estrelas” (1977), a preocupação de atingir e agradar os adolescentes da época já pedia um olhar mais dedicado. Dos anos 2000 em diante, a febre da década foi as adaptações da história do bruxo inglês, Harry Potter, escrita por J.K. Rowling. Com o passar dos anos, com o sucesso das seqüências cinematográficas, e com a proximidade do fim dessas seqüências, nasceu a preocupação em criar uma nova película que pudesse substituir as aventuras de Harry Potter e obter o mesmo sucesso entre os jovens. Houve tentativas frustradas, como por exemplo, os filmes: “A bússola de ouro” (2007) e “Eragon” (2007). Por outro lado, houve tentativas acertadas, dentre elas, o destaque vai para a história de uma garota americana que se apaixona intensamente por um vampiro.

A história de Isabella Swan, escrita por Stephanie Meyer, teve sua primeira adaptação às telas de cinema em 2008, com o longa-metragem “Crepúsculo”. O filme mostra como Bella (Kristen Stewart) vai morar com o seu pai na pequena e nublada Forks, cidade do interior de Washington. Apesar de sua aparência desajeitada (ou talvez por causa dela mesmo), Bella logo se torna o assunto principal em sua nova escola. É desse jeito um tanto peculiar que ela faz os seus primeiros laços de amizade. Nessa mesma escola, Bella conhece o jovem Edward Cullen (Robert Pattinson), um dos filhos adotivos do médico da pequena Forks. No momento em que ela descobre o que seu amado é realmente, Bella toma conhecimento de um mundo extremamente perigoso.

O clima de romance proibido combinado com emoções perigosas é a chave que atrai os jovens consumidores da saga crepúsculo. A protagonista é construída propositalmente como uma garota frágil, romântica e desastrada; porém cheia de personalidade. São características moldadas para que os fãs se identifiquem com a mocinha da história. Do outro lado, há o vampiro, Edward, mostrado como o sonho de consumo de toda garota: romântico à moda antiga (talvez por ele ter cerca de 100 anos de idade), atraente, sedutor e misterioso. Apesar da direção instável da direção instável de Catherine Hardwicke (que tenta dar ao longa o ar de produção independente, sem muito sucesso), a história é carregada de intertextualidade, que são as responsáveis pelo sucesso do filme. Bella trás consigo traços de outras mocinhas românticas. É evidente a idéia do amor proibido de Julieta, assim como pode ser vista a imagem da Bela que se apaixona inevitavelmente pela Fera, apesar de toda a “conspiração” contra o amor dos dois. Mas não é só a stª Swan que trás esses ecos na personalidade. A imagem do “vampiro cristão” que Catherine tenta atribuir a Edward foi muito melhor representada por Brad Pitt, em “Entrevista com o vampiro” (1994), assim como este personagem tem traços mal formados do Romeu e da Fera, protetores de suas amadas.

O filme que sucede “Crepúsculo” reforça os traços de intertextualidade e consolida a saga entre o público teen. “Lua Nova” (2009), dirigido por Chris Weitz, mostra a época mais dolorosa da vida da protagonista Isabella Swan, quando Edward resolve deixá-la. Weitz segue mantém a mesma linha de pensamento sobre Edward, a do namorado perfeito. A primeira cena em que aparece no filme reforça essa idéia. O modo como o universo da cena gira em torno dele e o close em câmera lenta denuncia a intenção do diretor em torná-lo divino. Weitz fez escolhas mais felizes ao conduzir “Lua Nova” do que Catherine teve com “Crepúsculo”. Ainda assim a película não cresce satisfatoriamente. O que cresce é a forma como as personagens e o enredo são levados ao público alvo. Os efeitos especiais (melhor explorados por Weitz) valorizam ainda mais os pontos de identificação para os jovens.

Os filmes também contextualizam valores antigos, por exemplo, a virgindade da mocinha da trama. Edward quer manter sua amada casta até depois do casamento proposto no final do segundo filme. E o fato dos relacionamentos dos dois ser apresentado sem cenas mais picantes, valoriza o aspecto puro do amor e reforça o ideal de perfeição entre o público alvo. Existe, também, o fato de ser uma história sobre vampiros como um dos motivos de a saga Crepúsculo ser tão popular entre o público jovem. Os filmes possuem traços “sombrios” que são direcionados à parcela dos adolescentes que, no intuito de se expressar, se auto-intitulam “wiccas”, “góticos”, “emos”, dentre outras tribos urbanas.

Todas essas formas de direcionamento têm como aliada a publicidade da mídia. Citando como exemplo: Robert Pattinson é capa da maioria das revistas para meninas em muitos países. No Brasil, a revista Capricho, da Editora Abril, tem dedicado alguns muitos exemplares ao ator de 23 anos, que ganhou o status de galã logo no primeiro longa e serve de modelo para vários rapazes que agora copiam seu corte de cabelo. A mídia vende a imagem dos atores da série através de sites, blogs, divulgação maciça de trailers, cartazes, entre outros. O marketing em torno dos filmes tem a intenção de manter os jovens como seu público alvo, ao mesmo tempo em que quer aliar novos consumidores. A saga exerce um tipo de influência característica de um sistema de consumo que recorre ao lado mais fútil dos jovens para se manter. O espaço em que esse modelo de produção está situado existe e é usado como meio de entreter pessoas, e essa a visão boa que se pode ter de tal proposta, já que a indústria de entretenimento deve manter a sua funcionalidade. Mas a intensidade e a rapidez que esse tipo de cinema obtém resposta do seu público são assustadoras e prova que de fato marca uma geração. Os números de bilheteria comprovam: segundo o site Omelete, em seu primeiro fim de semana em exibição nos Estados Unidos, “Lua Nova” arrecadou 140,70 bilhões, sendo 35 mil dólares por sala. Esse número chegou perto dos números do primeiro fim de semana do filme “Batman – o cavaleiro das trevas”, que foi uma das maiores bilheterias de 2008.

O romance de Bella e Edward talvez seja tão popular por mostrar valores e virtudes para uma geração de adolescentes carentes de personalidade virtuosa. É partindo deste pressuposto que “Crepúsculo” e “Lua Nova” foram feitos, explorando esses valores antigos em seus personagens, para que os jovens possam enxergar esses pontos e percebam algo de real ou, ao menos, semelhante à sua realidade.